ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

01/Feb/2024

Taxa de desemprego no menor patamar desde 2014

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro. Essa é a menor taxa de desemprego para um quarto trimestre desde 2014 (6,6%). Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,9%. No trimestre encerrado em novembro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,5%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.032,00 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 301,6 bilhões no trimestre até dezembro, alta de 5,0% ante igual período do ano anterior.

No trimestre terminado em dezembro, faltou trabalho para 19,9 milhões de pessoas no País, das quais 8,1 milhões estavam sem nenhum trabalho. A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,6% no trimestre até setembro de 2023 para 17,3% no trimestre até dezembro. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 18,5%. A população subutilizada (19,9 milhões) ficou estável ante o trimestre até setembro. Em relação ao trimestre até dezembro de 2022, esse indicador assistiu a um recuo de 6,4%.

No fim de 2022, havia 21,3 milhões de pessoas nessa situação. O Brasil registrou uma geração de 1,146 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até dezembro, o último de 2023, ante os três meses até setembro. Trata-se de um aumento de 1,1% na ocupação ante o trimestre anterior. Com isso, a população ocupada somou 101 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro. Em um ano, a alta foi de 1,6% e mais 1,6 milhão de pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada recuou em 234 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,1 milhões de desempregados no trimestre até dezembro. Em um ano houve redução de 5,7% nesse grupo e 490 mil pessoas deixaram o desemprego. A população inativa ou fora da força de trabalho, por sua vez, somou 66,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 543 mil a menos do que no trimestre anterior (-0,8%).

Na comparação com um atrás esse contingente ficou estável, com uma alta leve de 0,6%. O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57,6% no trimestre até dezembro, 0,5% acima do registrado no trimestre encerrado em setembro, e 0,4% acima do nível registrado um ano antes, em dezembro de 2022. O Brasil registrou 3,5 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro. O resultado significa estabilidade no indicador em relação ao trimestre encerrado em setembro. Em um ano, 542 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 13,6%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O trimestre encerrado em dezembro de 2023 assistiu a uma geração de 612 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em setembro (+1,6%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,1 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado até dezembro, alta de 3,0%. Assim, o total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado chegou a 37,973 milhões no trimestre até dezembro, recorde da série histórica iniciada em 2012.

Já pessoas que atuavam sem carteira assinada somaram 13,5 milhões, alta de 2% (mais 264 mil pessoas) ante o trimestre anterior. Em relação ao trimestre até dezembro de 2022, a alta foi de 2,2%, com criação de 291 mil vagas sem carteira no setor privado em um ano. O trabalho por conta própria aumentou 0,5% ou 135 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,6 milhões. O resultado significa 147 mil pessoas a mais (+0,6%) atuando nessa condição em relação a um ano antes, o que foi definido como estabilidade. Com relação ao trabalho doméstico, o País teve mais 223 mil pessoas em funções do tipo em um trimestre, alta de 3,8% para um total de 6 milhões de pessoas. Esse contingente é 204 mil pessoas maior (+3,5%) do que o registrado no fim de 2022.

Ao fim de dezembro, a taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada, ou 39,5 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa ficou estável ante o trimestre anterior e maior do que os 38,8% verificados no mesmo trimestre do ano anterior. A expansão do emprego no quarto trimestre de 2023 veio por todas as formas de inserção, com aumento do número de trabalhadores com e sem carteira assinada, assim como de informais. O incremento de todos esses grupos levou a um recorde da população ocupada do País na série histórica iniciada em 2012, chegando a 101 milhões de pessoas. O aumento do número de pessoas empregadas no Brasil se deu de forma cumulativa em todos os trimestres do ano, de forma consistente e sem refluxos nesse movimento, o que se refletiu no número recorde de ocupados ao fim do ano.

Houve recordes em todos os tipos de inserção. O número de trabalhadores na informalidade no quarto trimestre chegou a 39,53 milhões, o maior da série histórica, assim como o número de empregados pelo setor privado sem carteira assinada, que chegou a 13,52 milhões de pessoas. Os detentores de carteira assinada, por sua vez, também chegaram a um pico de 37,9 milhões. Assim, o crescimento de informais e sem carteira assinada não indicam uma piora da qualidade do mercado de trabalho, mas um movimento natural de aumento geral do emprego. A série histórica do IBGE mostra que esses números de fim de ano tendem a arrefecer no primeiro trimestre do ano subsequente em função do fim do período de festas e a consequente dispensa de temporários. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.