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31/Jan/2024

Dólar recua após dados fortes da economia dos EUA

Numa sessão volátil, o dólar chegou a sustentar ganhos firmes ante o Real nesta terça-feira (30/01), com as cotações reagindo a números ainda fortes do mercado de trabalho norte-americano, mas a moeda encerrou a sessão muito próxima da estabilidade, com investidores à espera da “superquarta”, quando os bancos centrais de Brasil e Estados Unidos decidirão sobre juros. O dólar fechou a R$ 4,94, em leve baixa de 0,11%. Em janeiro, porém, a moeda norte-americana acumula elevação de 1,95%. Após avançar 0,83% na segunda-feira (29/01), o dólar oscilou no território negativo no início da sessão, com investidores à espera de dados econômicos a serem divulgados ao longo da sessão.

Na mínima, às 9h32, o dólar foi cotado a R$ 4,93 (-0,36%). O principal dado saiu às 12h, quando o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que as vagas de emprego disponíveis (uma medida da demanda por mão de obra) aumentaram em 101.000, chegando a 9,026 milhões no último dia de dezembro, conforme o relatório Jolts. Economistas previam 8,75 milhões de vagas de emprego em aberto em dezembro. Os dados de novembro foram revisados para cima, de 8,79 milhões para 8,925 milhões de vagas não preenchidas. Os números sugerem, na prática, que o mercado de trabalho norte-americano provavelmente continua forte demais para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) comece a cortar os juros no primeiro trimestre.

Em reação, o dólar subiu no exterior em relação a uma cesta de moedas fortes, atingindo a cotação máxima de R$ 4,98 (+0,63%) no Brasil. O exterior conduziu os negócios: quando o dólar acelerou no mercado externo, ele também ganhou força no Brasil; quando perdeu fôlego lá fora, também se acomodou ante o Real, se reaproximando da estabilidade no fim da sessão. Os negócios tanto no Brasil quanto no exterior também foram marcados pela expectativa antes das decisões sobre juros do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (31/01), apelidada de “superquarta”.

A expectativa consolidada no mercado é de que o Fed manterá sua taxa básica na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, mas investidores estarão atentos a pistas sobre quando a instituição iniciará o ciclo de cortes, em março ou em maio. No caso do Copom, a projeção é de novo corte de 0,50% da taxa básica Selic, hoje em 11,75% ao ano, e de nova indicação de manutenção do ritmo de baixa de 0,5% no próximo encontro. Profissionais do mercado têm afirmado que, dependendo da comunicação do Fed, o cenário pode mudar de forma substancial para os ativos globais. Internamente, esta quarta-feira (31/01) também será de definição da Ptax (a taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros).

No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Nesta terça-feira (30/01), a disputa pela Ptax já foi percebida, mas isso tende a se intensificar nesta quarta-feira (31/01). O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,04%, a 103,420. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de abril. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.