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31/Jan/2024

Brasil: investimentos em agtechs recuam em 2023

De acordo com levantamento da rede de inovação aberta Liga Ventures em parceria com a Bunge e com o Hub CNA Digital, as agtechs da América Latina receberam R$ 3,053 bilhões de investimento nos últimos dois anos, em 116 aportes. As startups voltadas aos serviços financeiros do agro receberam a maior parte do montante captado, com 26% do total, seguido pelas startups de agricultura de baixo carbono. Apesar do aporte expressivo, o investimento no ano passado recuou 33% em relação ao de 2022, de R$ 1,827 bilhão para R$ 1,226 bilhão. No ano passado, foram 50 transações contra 66 rodadas do ano anterior. Em ambos os anos, as agtechs brasileiras lideraram as captações, com R$ 882 milhões no ano passado e R$ 1,239 bilhão em 2022. A pesquisa identificou 978 agtechs ativas na América Latina, sendo 809 no Brasil. Os dados apresentados pelo estudo deixam claro o papel fundamental do Brasil no ecossistema de inovação do agronegócio latino-americano. Atrás do Brasil (83%) entre a distribuição de startups aparecem Argentina (5%), México (4%), Colômbia (4%) e Chile (3%).

Com relação aos Estados brasileiros com maior representatividade, temos São Paulo (41%), Paraná (11%), Minas Gerais (10%), Rio Grande do Sul (10%) e Santa Catarina (7%). As startups voltadas ao agronegócio estão divididas em 22 categorias: biotecnologia (10,1%), backoffice para agronegócios (7,7%), Vant (veículo aéreo não tripulado) e geoprocessamento (7,6%), gestão da pecuária (7,6%), gestão e análise de plantio (7,2%), nutrição de plantas (6,6%), comercialização de insumos agropecuários (6,1%), proteínas e bebidas alternativas (6%), máquinas e equipamentos para produção (5,4%), serviços financeiros (5,1%), agricultura de baixo carbono (3,7%), agricultura vertical e indoor (3,5%), controle biológico (3%), comercialização de produtos agropecuários (2,9%), farm-to-table (2,8%), processos logísticos (2,7%), rastreabilidade e certificação (2,7%), transformação de resíduos (2,7%), gestão da irrigação (2,6%), informações e conteúdos educativos (2,5%), seguro e risco agrícola (1,3%) e conectividade no campo (0,5%). Quase 40% das startups foram criadas entre 2019 e 2023. A pesquisa mapeou também o nível de maturidade das agtechs, sendo 29% emergentes, 33% estáveis, 27% nascentes e 11% disruptivas. A maior parte das agtechs, 78%, é destinada a outras empresas (público B2B). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.