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31/Jan/2024

FMI eleva a projeção para o PIB do Brasil em 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista com o Brasil e vê o País crescendo 1,7% neste ano, contra projeção anterior de 1,5%, conforme a atualização do seu relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO). Ainda assim, a economia brasileira deve desacelerar frente a 2023, quando deve ter avançado 3,1%. À frente, o FMI espera que o Brasil volte a acelerar o passo. O Produto Interno Bruto (PIB) do País deve crescer 1,9% em 2025, projeção inalterada frente às estimativas divulgadas em outubro do ano passado. Muitas economias continuam a demonstrar grande resiliência, com o crescimento a acelerar no Brasil, na Índia e nas principais economias do Sudeste Asiático. Apesar disso, o Brasil deve crescer em ritmo aquém ao estimado para a América Latina em 2024, a despeito do corte na projeção do organismo para a região.

A economia latina deve crescer 1,9% neste ano, 0,4% abaixo da sua estimativa anterior. Para 2025, a América Latina deverá retomar o fôlego e crescer 2,5%, mesmo avanço projetado para o PIB do ano passado. A revisão regional é justificada pela expectativa de mais um ano de recessão na Argentina, devido ao ajuste político significativo para restaurar a estabilidade macroeconômica do país. Sob o governo de Javier Milei, o país deve amargar uma queda de 2,8% neste ano, projeção piorada em 5,6%. No ano passado, a Argentina já havia encolhido 1,1%. Para 2025, porém, deverá haver recuperação, com crescimento de 5,0%, uma melhora de 1,7% frente às projeções de outubro. Por outro lado, o FMI destaca a melhora das projeções para grandes economias como a do Brasil e do México em 2024.

No caso do México, o FMI melhorou a sua projeção em 0,6%, para uma alta de 2,7% neste ano. O país tem se beneficiado de maiores volumes de negócios com países vizinhos, o chamado 'nearshoring', na esteira da pandemia e das tensões geopolíticas agravadas pela guerra na Ucrânia e, mais recentemente, no Oriente Médio. A melhoria nas projeções para o Brasil e o México reflete, em grande parte, os efeitos de transferência de uma demanda interna mais forte do que o esperado e de um crescimento superior ao previsto nas grandes economias parceiras comerciais em 2023. O FMI afirma ainda que sua visão para o quadro fiscal das economias emergentes e em desenvolvimento é "neutra". A exceção é o Brasil e a Rússia, que tiveram sua política fiscal flexibilizada no ano passado.

Nesse sentido, os países emergentes e em desenvolvimento terão maior restrição de gastos em 2024, diante da necessidade de recompor as contas e conter a trajetória ascendente da dívida. Espera-se que esta mudança abrande o crescimento no curto prazo. A política monetária tem sido "assíncrona" entre os países ricos e os emergentes. Isso porque enquanto economias como as da Europa e dos Estados Unidos avaliam o momento certo de começar a cortar os juros neste ano, na América Latina, a flexibilização já começou. Alguns países com inflação em queda, incluindo o Brasil e o Chile, onde os bancos centrais apertaram a política mais cedo do que noutros países, as taxas de juro têm diminuído desde o segundo semestre de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.