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30/Jan/2024

Dólar fecha em alta após quatro sessões em queda

Após quatro sessões em queda, o dólar fechou esta segunda-feira (29/01) em alta ante o Real, em sintonia com o avanço da divisa norte-americana no exterior, com investidores à espera de uma bateria de dados e decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos no restante da semana. O dólar fechou a R$ 4,95, em alta de 0,82%. Em janeiro, a moeda norte-americana acumula elevação de 2,06%. Em um dia de agenda relativamente esvaziada no Brasil e no exterior, a sessão começou com a notícia de que um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação do gigante do setor imobiliário China Evergrande Group, o que representa um novo golpe na confiança do frágil mercado imobiliário chinês. Para a Correparti Corretora, a notícia trouxe um viés negativo para moedas de países exportadores de commodities, como o Real. Pesou um pouco nas moedas commodities. Sempre que vem notícia da China, o impacto é grande no Brasil.

No entanto, mais do que pelo noticiário chinês, as cotações no Brasil eram diretamente influenciadas pelo movimento do dólar ante outras divisas no exterior, onde os negócios eram conduzidos pela expectativa em torno da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta quarta-feira (31/01). A expectativa é de manutenção dos juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, mas investidores estarão atentos a pistas sobre quando o Fed iniciará seu ciclo de cortes, se em março ou em maio. Também nesta quarta-feira (31/01), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidirá o novo patamar da taxa básica Selic, hoje em 11,75% ao ano. A perspectiva é de novo corte de 0,50%, com o Banco Central mantendo o horizonte de novas reduções de 0,50% nas reuniões seguintes de política monetária. Como a formação da Ptax de fim de mês ocorrerá neste mesmo dia, a sessão desta quarta-feira (31/01) promete ser de volatilidade e liquidez elevadas.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Neste cenário, após marcar a cotação mínima de R$ 4,90 (-0,10%), o dólar registrou a máxima de R$ 4,95 (+0,98%). No exterior, o dólar sustentou na maior parte do dia ganhos ante uma cesta de divisas fortes. No fim da tarde, o sinal havia invertido. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,05%, a 103,500. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 10.750 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.