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26/Jan/2024

BNDES detalha aplicações do plano "Mais Produção"

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) detalhou nesta quinta-feira (25/01), as origens e aplicações dos R$ 300 bilhões com os quais será financiado o plano "Mais Produção", de industrialização do País, anunciado pelo governo federal. A maior parte dos recursos, R$ 250 bilhões, virão do BNDES, enquanto os R$ 50 bilhões são provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

- Produtividade

Dos quatro eixos previstos no plano federal, o que vai receber mais recursos é o "Indústria Mais Produtiva", com R$ 182 bilhões, mais de 60% do valor total previsto. A imensa maioria, R$ 177,8 bilhões, será viabilizada por meio de operações de crédito do BNDES, com taxa de longo prazo (TLP), taxa fixa, ou Taxa Selic, que equivale à taxa Selic média acumulada. O restante dos recursos dessa frente virá do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (FUST), para projetos de expansão da banda larga e conectividade, e do Programa Brasil Mais Produtivo, de BNDES e Finep.

- Inovação e digitalização

O segundo eixo com mais recursos será o Indústria Mais Inovadora e Digital, com US$ 66 bilhões para fomento à inovação e digitalização das operações, como sugere o nome. Desse montante, informou o BNDES, R$ 41 bilhões já começaram a ser emprestados por meio do Programa Mais Inovação, sob a taxa referencial (TR), sendo R$ 21 bilhões do BNDES via Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e R$ 20 bilhões da Finep via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Há, nessa frente, R$ 21 bilhões de recursos não reembolsáveis, sendo R$ 20 bilhões da Finep via FNDCT e R$ 1 bilhão da Embrapii via Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT). Os R$ 4 bilhões restantes serão providos pelo braço de participações do BNDES, o BNDESPar, por meio de instrumentos de renda variável em projetos alinhados aos objetivos da nova política industrial.

- Exportações

O terceiro eixo com maior volume de recursos é o voltado a fomento de exportações, o "Indústria Mais Exportadora". Aí, o BNDES estima R$ 40 bilhões para operações referentes às linhas de pré-embarque e pós-embarque (de bens e aeronaves) com custo variando entre TLP, Selic, SOFR e US Treasury.

- Indústria Verde

Fecha o plano federal o eixo "Indústria Mais Verde", para o qual serão reservados R$ 12 bilhões nos próximos anos. Especificamente até 2026, haverá oferta de R$ 8 bilhões oriundos do Fundo Clima e, portanto, com custo financeiro a partir de 6,15% ao ano. Esse eixo vai contar com 20% da captação anual de R$ 10 bilhões do Fundo Clima, que perfaz R$ 2 bilhões por ano. Outros R$ 4 bilhões serão investidos pelo BNDESPar em projetos alinhados à descarbonização da indústria e transição ecológica. Entre os projetos a serem apoiados nesse formato, o BNDES destaca o Fundo de Minerais Críticos, que diz estar em "estágio avançado de estruturação".

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.