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26/Jan/2024

Brasil teve grandes perdas por eventos climáticos

Em 2023, o Brasil figurou na lista de países que tiveram as maiores perdas econômicas associadas a eventos climáticos. Segundo estimativa da consultoria de riscos Aon, a seca que atingiu a Região Sul e partes das Regiões Centro-Oeste e Sudeste entre o final de 2022 e o primeiro trimestre do ano passado levou a prejuízos de US$ 15,3 bilhões (o equivalente a R$ 75,5 bilhões), na quarta maior perda do tipo em todo o mundo no ano passado. Os efeitos não ficaram restritos ao Centro-Sul do País.

Ao longo de 2023, o fenômeno climático El Niño fez com que as chuvas ficassem abaixo do esperado na região Amazônica, provocando perdas por causa da seca também no Amazonas, no Pará, no Acre e no Amapá. A seca se estendeu por toda a Bacia do Rio da Prata, e além do Brasil atingiu a Argentina e o Uruguai. Se consideradas todas as perdas causadas por eventos climáticos, o Brasil teve cerca de US$ 10 bilhões (R$ 49 bilhões) em prejuízos no ano passado. O número inclui uma série de enchentes e tempestades, em diferentes regiões e datas.

O caso da Bacia do Rio da Prata repete uma tendência vista em todo o mundo: apenas US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões) do total perdido eram cobertos por seguros, o que significa que a maior parte das safras agrícolas perdidas não foram ressarcidas, por exemplo. Na maior perda, a dos terremotos na Turquia e na Síria em fevereiro, apenas US$ 5,7 bilhões (R$ 28,1 bilhões) dos US$ 92,4 bilhões perdidos tinham seguros. Em todo o mundo, os eventos climáticos geraram perdas de US$ 380 bilhões, ou R$ 1,9 trilhão, mais da metade do PIB do estado de São Paulo em 2021. Apenas US$ 118 bilhões, ou R$ 582 bilhões, tinham coberturas por seguro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.