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26/Jan/2024

UE: fórum vai discutir sistema agrícola e alimentar

A Comissão Europeia lançou nesta quinta-feira (25/01) o fórum Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura na União Europeia. O objetivo é abordar desafios e oportunidades para garantir um padrão de vida justo para agricultores e comunidades rurais, apoiar a agricultura dentro dos limites do planeta, explorar oportunidades de inovação tecnológica, e promover um futuro próspero para o sistema alimentar da União Europeia. A iniciativa ocorre em meio a uma onda de protestos de agricultores na Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou o aumento na polarização em torno de tópicos relacionados à agricultura. Essa polarização só será superada por meio do diálogo.

É por isso que a ideia é reunir um grupo bastante diversificado de atores do setor agroalimentar da Europa. O fórum deve reunir agricultores, cooperativas, empresas agroalimentares, comunidades rurais, organizações não governamentais, entre outros. Ela ressaltou, ainda, a necessidade de um novo consenso sobre alimentação e agricultura, reconhecendo a importância dos agricultores e da indústria alimentar da União Europeia, além de abordar desafios como mudanças climáticas, inflação e volatilidade do mercado. Os agricultores operam diariamente em um mercado global muito competitivo e muitas vezes são a parte mais vulnerável na cadeia de valor e merecem uma remuneração justa.

A iniciativa tem como pano de fundo uma onda de protestos de agricultores pela Europa. Segundo a Associated Press, produtores rurais na Alemanha realizaram manifestações contra o plano do governo de revogar as isenções fiscais sobre o diesel utilizado na agricultura. Agricultores franceses bloquearam estradas contra os baixos salários, os custos crescentes e o que consideram ser uma regulamentação excessiva. Além disso, ocorreram manifestações na Polônia contra a "concorrência injusta" com a Ucrânia, que recebeu regulamentações especiais de exportação em tempo de guerra.

Na França, o protesto dos agricultores aumenta a pressão por uma resposta rápida do governo. Eles protestam contra o aumento dos custos dos combustíveis e exigem medidas que vão desde a simplificação administrativa até indenizações mais rápidas em caso de catástrofes. Na Alemanha, a Basf espera que a atual greve de trens tenha efeitos mais adversos no transporte de produtos do que as paralisações anteriores, o que deve exigir um uso maior do transporte rodoviário. Prevista para durar seis dias, a greve se iniciou na quarta-feira (24/01), depois que o sindicato rejeitou oferta salarial da estatal Deutsche Bahn.

Em circunstâncias normais, cerca de 30% do transporte da Basf é realizado por trem. Devido à greve, a empresa está transferindo os transportes ferroviários em grande escala para caminhões. Isso aumentará os custos logísticos e as emissões de CO2. A companhia afirma que tomou medidas para amenizar os efeitos da greve em suas instalações de produção e a seus clientes, mas as operações ainda se recuperam das condições climáticas adversas e de uma greve anterior no começo do mês. O fato de as greves estarem ocorrendo muito próximas uma da outra, dando à Basf muito pouco tempo de preparação, e o atraso existente devido à neve da semana passada que ainda não foi resolvido, complica significativamente a situação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.