ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jan/2024

BNDES-re.green: recursos para restauração ecológica

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 186,7 milhões para a re.green, a serem investidos na restauração ecológica de 14.802 hectares de áreas degradadas nos biomas Mata Atlântica e Amazônia, o que equivale à área de mais de 13,7 mil campos de futebol. A partir das áreas restauradas, a re.green poderá gerar créditos de carbono para comercialização no mercado voluntário internacional. O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e nº 15 (Vida Terrestre) da ONU. O apoio inclui R$ 80 milhões em recursos do Fundo Clima, como parte do investimento já anunciado pelo BNDES ao programa Arco da Restauração, que prevê a destinação de até R$ 1 bilhão para ações de reflorestamento na Amazônia. Outros R$ 106,7 milhões virão do BNDES Finem, destinados a projetos de recuperação e conservação de ecossistemas e da biodiversidade.

A re.green restaura florestas nativas em áreas historicamente degradadas, selecionadas a partir de inteligência espacial e com base em seu potencial de regeneração. Por meio do projeto apoiado pelo BNDES, serão restaurados cerca de 12,8 mil hectares no bioma Amazônia, em propriedades no município de Maracaçumé, no Maranhão, e em municípios a serem definidos no estado do Pará, e 2 mil hectares no bioma Mata Atlântica, nos municípios de Potiraguá e Eunápolis, na Bahia. As áreas plantadas receberão cerca de 100 espécies diferentes de vegetação nativa, contribuindo para a conservação da biodiversidade nas regiões, assim como para a captura de carbono. A estimativa é de que em torno de 4,1 milhões toneladas de CO2 equivalente sejam retirados da atmosfera em um período de 25 anos, o que equivaleria a quase dois anos de emissões dos carros em circulação na cidade de São Paulo.

O apoio ao projeto sinaliza a prioridade conferida pelo banco às ações de restauração dos biomas brasileiros, que têm potencial de contribuir decisivamente para capturar carbono, conservar a biodiversidade do País e promover o desenvolvimento sustentável em regiões sensíveis. O Arco da Restauração, anunciado pelo presidente Lula, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na COP28, conta, além de R$ 550 milhões do Fundo Clima, com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia. A iniciativa terá impactos positivos para a regulação do clima, conservação da biodiversidade e inclusão social de comunidades contempladas no projeto, que deve mobilizar cerca de 2,2 mil empregos diretos e indiretos durante o período de restauração das áreas. A re.green tem a meta de restaurar 1 milhão de hectares com espécies nativas, recuperando a biodiversidade e desenvolvendo ecossistemas diversificados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.