ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Jan/2024

Grãos: política de estoques mínimos reguladores

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, descarta a possibilidade de formação de estoques públicos de carnes, medida defendida durante a campanha eleitoral de 2022 e que voltou a ser comentada nos bastidores devido aos preços mais baixos da proteína neste momento. Não há estruturas públicas refrigeradas para o armazenamento deste tipo de produto. Mas é possível haver apoio à comercialização em programas como aquisição pública de alimentos (PAA). Para grãos e cereais, Geller defende o fortalecimento da política de estoques mínimos reguladores.

No ano passado, o governo retomou a formação de reservas de milho, para posterior comercialização no mercado de balcão, e leilões de apoio à comercialização de trigo e borracha. Não é preciso ter estoques elevados, mas reservas de algumas culturas que precisam de apoio do governo para garantir o Preço Mínimo e que são importantes para a cesta básica, o que envolve milho, trigo e arroz. Ele vê os estoques como mínimos para regulação, mas sem gerar altos custos para o governo.

Para Geller, a estratégia mais adequada é a formação de estoques em armazéns privados credenciados, o que torna o processo menos oneroso para o governo federal. No caso do arroz, a ampliação da política de estoques reguladores não deve ser retomada no curto prazo, em virtude dos elevados preços do cereal. Para o feijão, produto também básico na alimentação brasileira e com peso na inflação, há dificuldades no armazenamento em virtude de algumas variedades perderem qualidade rapidamente, diferentemente de arroz e milho que podem ser estocados por dois a três anos.

O feijão é um produto delicado e que precisa ser desovado rapidamente, mas também de fácil recuperação de safra com colheita em 60 dias após o plantio das lavouras. A operação de estoques públicos é feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O governo pode efetuar compras públicas de grãos e alimentos quando o preço de mercado do produto estiver abaixo do Preço Mínimo de garantia ao produtor, estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra vigente. As compras e as vendas públicas dos grãos devem ser realizadas por meio de leilões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.