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24/Jan/2024

China: participação recorde na exportação do Agro

A China assumiu nas últimas décadas um papel estratégico para o agronegócio brasileiro, saindo de uma participação de apenas 2,73% como destino das exportações do setor em 2000, para 36,1% no ano passado, percentual mais elevado na série histórica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde 2013, a China tornou-se o principal destino das exportações do setor. Há sem dúvida uma associação entre o ganho de relevância do Brasil no cenário externo, assim como de exportações e o aumento das compras da China. Em 2000, as vendas do setor destinadas à China aproximaram-se de US$ 561,5 milhões, representando 2,73% das exportações totais do agronegócio, com a União Europeia respondendo por 36,4% da pauta. No ano passado, a fatia do mercado europeu havia recuado para 13%, correspondendo a pouco mais de um terço da participação assumida pela China então.

Segundo dados oficiais, as vendas externas do agronegócio avançaram cerca de 4,8% no ano passado, de US$ 158,8 bilhões para o recorde de US$ 166,5 bilhões, registrando um acréscimo equivalente a US$ 7,68 bilhões. No mesmo período, as vendas externas de agropecuários para a China elevaram-se de US$ 50,7 bilhões para um recorde de US$ 60,2 bilhões, num crescimento de 18,8% ou US$ 9,53 bilhões a mais. Excluindo-se as compras chinesas, as exportações do agronegócio para os demais países recuaram de US$ 108,1 bilhões para US$ 106,3 bilhões, baixa de 1,70%. Persiste uma concentração expressiva na pauta externa do agronegócio, o que não reflete nem a capacidade de produção e nem a diversidade da agropecuária brasileira. A soja em grão respondeu no ano passado por dois terços da pauta com a China, uma vez que 73,1% da oleaginosa exportada pelo País tiveram a China como destino final.

Nos últimos quatro ou cinco anos, a China tem absorvido em torno de 70% das exportações brasileiras do grão. A decisão do governo chinês de abrir o mercado para importações de milho transgênico, em 2022, levou a um “boom” dos embarques brasileiros, elevando a participação do país asiático de menos de 3% para perto de 29% de todo o milho exportado pelo Brasil. O salto contribuiu para impedir que os preços internos do grão caíssem ainda mais, diante da safra recorde colhida pelo País. O mercado chinês também ajudou o boi gordo. As exportações para China vinham em baixa até novembro, mas experimentaram níveis históricos em dezembro, o que fez o balanço do período ser positivo, considerando que a China foi destino de 60,4% da carne bovina in natura exportada pelo Brasil. Fonte: O Globo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.