ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/Jan/2024

BNDES: recursos para neoindustrialização até 2026

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai mobilizar cerca de R$ 250 bilhões para o apoiar projetos de neoindustrialização até 2026. Nesta segunda-feira (22/01), o BNDES informou que esses recursos integram o total de R$ 300 bilhões previsto para o plano Mais Produção, gerido pelo banco, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O plano Mais Produção faz parte da nova política de desenvolvimento industrial que foi entregue pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa se divide em quatro eixos, os quais apontam o que se espera para a indústria brasileira nos próximos anos.

Esses eixos foram chamados Mais Inovadora e Digital; Mais Verde; Mais Exportadora; e Mais Produtiva. Algumas das ações previstas no plano já começaram, como o Programa Mais Inovação, operado pelo BNDES e pela Finep, que oferece crédito a condições de Taxa Referencial (TR) mais 2% e recursos não reembolsáveis. Em 2023, já foram aprovados R$ 77,5 bilhões para projetos em iniciativas que agora passam a integrar o Mais Produção. Desse montante R$ 67 bilhões foram colocados pelo BNDES e R$ 10,5 bilhões pela Finep. Empresas de todos os portes e institutos de ciência e tecnologia (ICTs) podem acessar os recursos disponíveis por meio de linhas e programas de financiamento reembolsáveis ou não reembolsáveis e instrumentos do mercado de capitais.

Para ações de inovação (Mais Inovadora), o plano reúne recursos do Programa Mais Inovação; do recém-criado Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), além de instrumentos de mercado de capitais alinhados às prioridades definidas nas missões industriais do CNDI e estruturados pelo BNDES. No eixo Mais Verde, o BNDES destaca aportes do Fundo Clima, principal instrumento de financiamento para a descarbonização da indústria, além de instrumentos do mercado de capitais voltados para transformação ecológica. No Mais Exportadora, há previsão de criação do BNDES Exim Bank, já anunciado; aprimoramento legal das exportações de serviços (conforme PL 5719/2023); além das linhas de crédito de pré e pós-embarque já ofertadas pelo BNDES.

Por fim, no eixo Mais Produtiva, há as ações financeiras do Brasil Mais Produtivo, ampliado em 2023; recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST); e linhas do BNDES disponíveis para expansão de capacidade produtiva e aquisição de máquinas e equipamentos. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (22/01) que não há como reerguer a indústria brasileira sem uma nova relação entre Estado e mercado. Mercadante defendeu ainda que o Brasil precisa de uma transição digital acelerada e afirmou que a transição para economia verde depende da participação do Estado, pois é mais caro desenvolver novas tecnologias. O Brasil precisa, diante dos desafios históricos, da transição digital acelerada e do imenso desafio que é a crise ambiental. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.