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23/Jan/2024

FSB: riscos financeiros ligados ao meio-ambiente

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) está debruçado em um amplo estudo sobre as iniciativas regulatórias e de supervisão ao redor do globo associadas a riscos financeiros relacionados com a natureza e perdas da biodiversidade pela primeira vez. O trabalho partiu de uma provocação do Brasil na presidência rotativa do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, e deve ser concluído em julho. A presidência do G20 ocupada pelo Brasil este ano considera o aprofundamento do trabalho sobre os riscos financeiros relacionados à sustentabilidade como prioridade para 2024. O escopo deste trabalho faz parte de uma agenda mais ampla do Brasil na frente ambiental.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem vendido o País como uma potência verde na agenda de transição energética, e avançado nas regulamentações do setor, a exemplo de regras para o mercado de crédito de carbono e a ferramenta de hedge cambial em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). É a primeira vez que a FSB trabalha nessa área em particular, olhando iniciativas regulatórias e de supervisão associadas à identificação e avaliação de riscos financeiros relacionados com a natureza. O plano é entregar o estudo em julho. A partir daí, caberá ao Brasil decidir os próximos passos em torno do tema durante a sua presidência. Criado no auge da crise internacional de 2008, o FSB é uma iniciativa do G20. Para este ano, estão previstas 12 entregas. O FSB trabalha próximo de toda presidência do G20 e a relação com o Brasil não será diferente.

O G20 também solicitou ao FSB, como parte de sua atribuição regular, um trabalho sobre os riscos trazidos pelas inovações digitais. Nesse sentido, o Conselho prepara dois estudos, um sobre as implicações para a estabilidade financeira da tokenização de ativos e outro relacionado à inteligência artificial, que foi alvo de um estudo anos atrás. Há esforços para regulamentar isso de forma mais rápida. O FSB está focado em implementar as recomendações para o universo de criptoativos ao longo de 2024, bem como os pagamentos transfronteiriços como parte da sua agenda plurianual. Para além das recomendações do G20, a agenda do FSB ao longo deste ano será, obviamente, moldada pelas lições aprendidas com a turbulência bancária de março de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.