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18/Jan/2024

Alimentos estão pressionando inflação em janeiro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os aumentos nos preços dos alimentos e os reajustes de mensalidades escolares pressionaram a inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou de uma elevação 0,22% em dezembro para uma alta de 0,46% em janeiro. Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 0,40% em dezembro para 1,41% em janeiro), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,25% para 0,05%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,97% para 1,37%), Vestuário (de -0,30% para 0,59%), Transportes (de -0,19% para -0,11%) e Comunicação (de -0,29% para -0,17%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de 3,00% para 10,63%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -2,10% para -0,91%), cursos formais (de 0,00% para 2,74%), roupas (de -0,35% para 0,61%), gasolina (de -1,57% para -0,76%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,51% para -0,02%). Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Despesas Diversas (de 1,24% para 0,08%) e Habitação (de 0,37% para 0,09%).

Os destaques foram os serviços bancários (de 2,34% para 0,09%) e aluguel residencial (de 0,98% para -0,57%). O recuo nos preços dos combustíveis, açúcar e soja desacelerou a inflação no atacado dentro do IGP-10 de janeiro. O IGP-10 passou de uma alta de 0,62% em dezembro para um aumento de 0,42% em janeiro. O índice acumulou uma redução de 3,20% em 12 meses. Combustíveis, açúcar e soja explicam a desaceleração do índice ao produtor, que registrou alta de 0,42%, aproximadamente metade da variação do mês anterior. Nesta edição, o óleo diesel atingiu o ápice do último reajuste autorizado pela Petrobras. Nas próximas apurações, o diesel terá uma contribuição menor para o arrefecimento da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). No âmbito do consumidor, cuja inflação passou de 0,22% para 0,46%, destaca-se o reajuste das mensalidades escolares, que devem impulsionar ainda mais a taxa do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ao longo de janeiro. Por fim, no índice da construção, o destaque partiu dos materiais e equipamentos, cuja variação passou de -0,20% para 0,44%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de alta de 0,81% em dezembro para uma elevação de 0,42% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de alta de 0,36% em dezembro para 1,04% em janeiro, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa acelerou de 1,25% para 8,91%. O grupo Bens Intermediários passou de -0,20% em dezembro para -1,42% em janeiro, influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa saiu de -0,35% para -6,12%. O grupo Matérias-Primas Brutas passou de 2,45% em dezembro para 1,88% em janeiro, com contribuição dos itens: soja em grão (de 1,76% para -1,26%), cana-de-açúcar (de 0,37% para -1,35%) e mandioca/aipim (de 3,44% para -2,61%). No sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: milho em grão (de 7,16% para 10,52%), leite in natura (de -2,92% para -0,74%) e bovinos (de 0,18% para 1,57%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.