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17/Jan/2024

Dólar sobe sem previsão de corte nos juros dos EUA

O dólar subiu mais de 1% ante o Real nesta terça-feira (16/01), em um avanço firme de R$ 0,06, em sintonia com a elevação da moeda norte-americana ante outras divisas, após declarações de autoridades de bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos reduzirem a expectativa de cortes de juros já em março. O dólar fechou a R$ 4,92, em alta de 1,23%. Foi o maior avanço percentual desde 2 de janeiro, quando a divisa subiu 1,33%. Em janeiro, a moeda acumula elevação de 1,55%. O dólar operou em alta ante o Real durante toda a sessão. Investidores que se mantiveram fora dos negócios na segunda-feira (15/01), quando Wall Street esteve fechada em função do feriado de Martin Luther King Jr., voltaram aos negócios nesta terça-feira (16/01), ampliando a liquidez nos mercados.

Como vem ocorrendo há meses, o movimento dos títulos dos Estados Unidos foi a principal bússola para os negócios, em meio às especulações sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciará o processo de corte de juros. Desta vez, declarações de autoridades na Europa e nos Estados Unidos levaram à redução das apostas, na curva de juros norte-americana, de que o Fed contará juros já em março. O presidente do banco central da Alemanha afirmou na segunda-feira (15/01) que é muito cedo para o BCE discutir um corte das taxas de juros. No dia 13 de janeiro, o economista-chefe do BCE havia comentado que cortar os juros muito rapidamente poderia alimentar uma nova onda de inflação.

Outras autoridades europeias fizeram coro às declarações. Nesta terça-feira (16/01), foi a vez de o Federal Reserve reduzir a expectativa dos investidores por um corte de juros. O diretor do Fed Christopher Waller afirmou que os Estados Unidos estão próximos da meta de inflação de 2%, mas o banco central norte-americano não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros até que esteja claro que a baixa do índice de preços será sustentada. Em reação, os rendimentos dos títulos norte-americanos tiveram ganhos firmes e o dólar disparou ante várias divisas, incluindo o Real. A moeda norte-americana registrou a cotação mínima de R$ 4,88 (+0,42%), para depois escalar até a máxima, de R$ 4,93 (+1,39%).

Segundo a Wagner Investimentos, isso pode gerar algum stop (ordem de parada) na moeda, com o dólar perto dos R$ 5,00, sem mudar a ideia de queda de médio prazo. A alta do dólar ocorreu na esteira da elevação das taxas dos Treasuries. No exterior, o cenário cambial era o mesmo: o dólar subia ante todas as demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,69%, a 103,350. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.