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16/Jan/2024

Clima: aumenta probabilidade de La Niña em 2024

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), vinculada ao governo dos Estados Unidos, divulgou recentemente um boletim indicando um aumento na probabilidade de o fenômeno La Niña retornar em 2024, alcançando 65% durante o trimestre de agosto, setembro e outubro. Ao contrário do El Niño, o La Niña é caracterizado pela redução da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental. Se essa tendência se confirmar, os impactos serão sentidos de maneiras distintas em diferentes regiões do Brasil. Os agricultores do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) podem se beneficiar com a volta de períodos mais chuvosos durante a safra 2024/2025. No entanto, os produtores da Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, enfrentarão desafios, uma vez que os períodos de seca podem prejudicar lavouras e pastagens.

O boletim também abordou o fenômeno El Niño, indicando que a probabilidade de entrar em neutralidade aumentou para 73% no trimestre de abril, maio e junho de 2024. Isso implica que o El Niño continuará influenciando o clima até o final do outono, reduzindo as chuvas nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto traz chuvas volumosas para a Região Sul e eleva as temperaturas em todo o País durante a primavera e o verão. A conjunção desses fenômenos naturais e mudanças nos padrões climáticos apresenta desafios significativos para o Brasil em 2024, com a população enfrentando elevadas temperaturas e alterações nos regimes de chuva. Especialistas alertam para a necessidade de monitoramento constante e preparação para lidar com as consequências dessas variações climáticas ao longo do ano.

La Niña é o nome dado ao fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico. Ele tem origem na região do Pacífico Equatorial, na zona intertropical do planeta, e provoca alterações sazonais na circulação geral da atmosfera, podendo durar de 9 a 12 meses. Sua ocorrência se dá entre períodos de dois a sete anos. Os efeitos do La Niña são sentidos em diversas localidades, como é o caso do Brasil. No País, há um aumento no volume de chuvas nas Regiões Norte e Nordeste, bem como secas e temperaturas muito elevadas na Região Sul. Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, os impactos variam. Mais recentemente, a ocorrência do La Niña provocou chuvas intensas e queda de temperatura no verão. Fontes: Metrópoles/SG/Brasil Escola. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.