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09/Jan/2024

Brasil bem-posicionado no cenário global em 2024

Apesar de reconhecer que o segundo ano de mandato do presidente Lula tende a ser mais desafiador do que o primeiro, o Brasil está bem-posicionado para enfrentar os principais riscos globais de 2024, avalia a Eurasia. A continuidade dos conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia tende a trazer ganhos, em termos relativos, para o fluxo de investimentos em direção a países líderes do Sul global, como o Brasil, impulsionado por empresas e investidores que buscam mais segurança. Ser produtor de alimentos e energia, e ter fontes de energia de baixo carbono trabalha a favor do Brasil nesse contexto. O status do fornecedor global de energia do Brasil também pode fazer com que o País se beneficie de eventual aumento no preço dos combustíveis, como efeito dos conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.

Os preços mais elevados do petróleo em 2024 podem se traduzir em preços internos mais elevados dos combustíveis, mas também em receitas mais elevadas provenientes da produção de petróleo. O panorama poderia trazer certo alívio à preocupação fiscal brasileira. Entre os riscos negativos para o Brasil em 2024, a consultoria cita a possibilidade de eleição do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, o que poderia levar uma relação "mais fria e significativamente mais volátil" com o país. As empresas brasileiras poderão sofrer com as novas tarifas impostas por uma administração Trump que desta vez seria ainda mais agressiva com as suas estratégias comerciais. E a cooperação ambiental, incluindo fundos para combater o desmatamento ou outros investimentos verdes, enfrentaria maiores dificuldades.

Um menor crescimento econômico chinês, o maior parceiro comercial do Brasil, também está no radar da Eurasia como um dos vetores de preocupação neste ano. O cenário reforça a necessidade do Brasil se abrir para novos mercados. O acordo comercial do Mercosul com a União Europeia poderá avançar, embora seja improvável que seja ratificado em 2024, e novas negociações para mais comércio e investimento deverão estar na agenda do Brasil. No cenário doméstico, a profunda polarização no ambiente político, aliada a perspectiva de desaquecimento da atividade econômica interna, poderia estimular uma oposição mais veemente, o que, por sua vez, pode levar a administração Lula a pressionar ainda mais o quadro fiscal do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.