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08/Jan/2024

Dólar poderá recuar mais no Brasil durante 2024

O Real pode se apreciar em 2024, sem grande sobressalto, diante de um quadro de fluxo comercial abundante com juros americanos em queda sem recessão no Estados Unidos e com recuperação gradual na China. O cenário pode ser beneficiado caso a gestão fiscal ocorra sob certo controle. Em 2023, o dólar caiu 8,1% no segmento à vista. Foi o maior recuo anual desde o tombo de 17,8% de 2016. Apostas de que o Federal Reserve vai reduzir os juros já em março diante de sinais de pouso suave da economia e arrefecimento da inflação conduziram a uma forte apreciação do Real nos últimos dias do ano passado.

Além disso, a aposta na permanência do diferencial de juros atrativo para o Brasil ajudou na valorização do Real ano passado, bem como os superávits comerciais robustos diante da recuperação gradual da China e a própria entrada de recursos para o mercado acionário, que bateu recordes na virada do ano. A incerteza fiscal continua, com possíveis pautas do governo no Legislativo para obter maior arrecadação. O dólar pode cair até R$ 4,70, mas depois dependerá do tamanho de corte do juro americano, do ritmo de redução da taxa Selic e do momento de uma provável mudança na meta fiscal pelo governo.

Caso se confirme o quadro de início de queda de juros nos Estados Unidos já na primeira parte deste ano e o governo Lula entregue um resultado fiscal razoável, com déficit primário de até 1%, é possível que o dólar recue no primeiro semestre para níveis menores do que as mínimas em 2023, na casa de R$ 4,70. O governo precisaria ter um superávit primário entre 2,7% e 3,1% do Produto Interno Bruto para estabilizar a relação da dívida pública na faixa de 74% do PIB, considerando diversos parâmetros do modelo econométrico, como por exemplo, uma taxa real de crescimento do PIB de 1,5%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.