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15/Dec/2023

Brasil: Copom reduz taxa Selic em 0,5% pela 4ª vez

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seguiu o plano de voo e reduziu pela quarta vez seguida a taxa Selic em 0,50%, de 12,25% para 11,75% ao ano, em decisão unânime, no dia 13 de dezembro. Conforme a sinalização dada no encontro anterior, em novembro a queda da Selic nesse ritmo já era amplamente esperada. As expectativas de inflação do Boletim Focus deste e do próximo ano variaram entre os dois encontros do comitê, mas as estimativas de prazos mais longos seguiram desancoradas. A mediana para a inflação de 2023 passou de 4,63% no último Copom, no começo de novembro, para 4,51% na última divulgação, 0,24 ponto abaixo do teto da meta (4,75%). Para 2024, houve leve piora entre as duas reuniões, de 3,90% para 3,93%, contra o alvo central de 3,00%. Para 2025 e 2026, as estimativas ficaram estacionadas em 3,50%, ainda acima da meta contínua de 3,00%.

Ao justificar a decisão, o Banco Central disse entender que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego, diz o comunicado. A autoridade monetária também destacou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como "excesso de conservadorismo" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter o ritmo da redução da Selic em 0,50%.

O cenário de controle da inflação justifica plenamente a redução da Selic em ritmo mais acelerado, e é isso que a CNI espera que seja feito nas próximas reuniões do Copom. Para a entidade, é preciso, e possível, mais agressividade para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas e consumidores. Mesmo com as reduções na Selic em agosto, setembro e novembro, a taxa de juros real está em 8% ao ano. Ou seja, 3,5% acima da taxa de juros neutra, que não estimula nem desestimula a atividade econômica. Isso deixa claro o quão contracionista tem sido a política monetária brasileira e que o patamar da Selic ainda é excessivo para o quadro de inflação corrente, assim como para a perspectiva de inflação futura, prejudicando o mercado de crédito e a atividade econômica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.