14/Dec/2023

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, prevê que a perfuração de poços para exploração na Bacia da Foz do Amazonas pode acontecer no fim do primeiro semestre de 2024 ou no fim do ano que vem. A estatal enfrenta dificuldades para obter o licenciamento ambiental relativo à região junto ao Ibama e Ministério do Meio Ambiente. A estimativa é de que a Petrobras atue na Foz do Amazonas em 2024, não apenas para fazer as simulações exigidas pelo Ibama, mas também a perfuração em si.

A Petrobras afirma que já atendeu a todas as exigências do Ibama e reafirmou o compromisso de resolver qualquer nova pendência com órgãos ambientais. Ao defender o avanço de petroleiras sobre novas fronteiras no litoral brasileiro, Prates disse que, se o Brasil não renovar suas reservas de óleo e gás, terá de importar volumes, assim como deixar de pagar royalties para o governo brasileiro e pagá-los para outros países onde a atividade de produção e exploração tem pegada de carbono maior que a da indústria brasileira.

Questionado sobre a participação de petroleiras na COP28, Prates rechaçou o argumento de tratar-se de lobby do petróleo em evento voltado às mudanças climáticas. Ele afirmou que as empresas de petróleo tinham direito e dever de estarem em uma conferência da ONU porque são empresas em transição. Não é lobby. É uma participação legítima de empresas de energia. A Petrobras quer ensinar o mundo, inclusive Opep, como se faz transição. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.