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14/Dec/2023

Calçados: importação da Ásia dispara em novembro

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a importação de calçados de Vietnã, Indonésia e China cresceu 38% em receita e 10% em volume em novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as importações dos países asiáticos, que respondem por 80% do total, cresceram 26,6% em receita (somando US$ 327 milhões) e 11,5% em volume (22 milhões de pares). Nessa conta não entram as importações feitas pelo programa Remessa Conforme, que isenta de compras internacionais feitas em plataformas de comércio eletrônico de até US$ 50,00, faixa na qual se encontra a grande maioria dos calçados fabricados no País, e sobre as quais não há controle. Essas importações não estão sequer computadas nos índices. Caso fossem somadas, aumentariam em muito um registro que "já é assustador".

De acordo com a entidade, o movimento começa a se refletir em empregos - e a situação pode atingir o fechamento de 30 mil vagas. Entre janeiro e outubro, o setor calçadista nacional perdeu quase 2 mil postos de trabalho e hoje tem um estoque de posições 6,6% menor do que o registrado no ano passado. A produção da área, também até outubro, caiu 1,6% no comparativo com o mesmo período de 2022. Se nada for feito, especialmente no que diz respeito à isenção das plataformas estrangeiras, que teria o efeito mais imediato na atividade industrial, o fechamento de vagas tende a se acirrar. A entidade não é contrária às importações, mas à concorrência desleal. Os calçados asiáticos, via de regra, entram no Brasil por meio de práticas ilegais como dumping, quando a empresa pratica um preço diferente no mercado internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.