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12/Dec/2023

COP28: discussões sobre fósseis têm que avançar

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu que os países avancem nas decisões a respeito do fim do uso de combustíveis fósseis para que o Brasil não sofra com uma “pororoca de pressão” em 2025, quando o País vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A declaração foi dada nesta segunda-feira (11/12), na COP28, em Dubai. Minutos antes da fala da ministra, a presidência da COP28 divulgou o rascunho do texto do balanço global sobre o Acordo de Paris. A redação decepcionou especialistas por não incluir a perspectiva de eliminação do uso de combustíveis fósseis.

O texto inclui a perspectiva de transição energética com o aumento das fontes renováveis e a redução da produção e do consumo de fósseis “de forma justa” para chegar à taxa zero de emissões até 2050. A redação ainda é um rascunho e pode ser alterada até a plenária final da COP28, que está prevista para esta terça-feira (12/12). Desde o começo, todo trabalho que o Brasil vem fazendo é no sentido de assimilar esse tema inadiável em relação ao combustível fóssil no percurso das três COPs: a COP28, a COP29 e a COP30. O Brasil não quer pressão na COP30 de algo que não foi sendo assimilado ao longo do processo, disse a ministra. Para Marina Silva, a marca de sucesso dessa conferência seria estabelecida a partir do modo como a questão dos fósseis fosse tratada.

O Brasil tem defendido que o texto contenha a questão dos combustíveis fósseis, mas que o movimento rumo ao fim desses recursos seja liderado pelos países desenvolvidos. O País também defende que haja uma instância para discutir sobre o tema no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC). Durante o anúncio da confirmação do Brasil como sede da COP30, Marina Silva aproveitou para pedir avanços no acordo entre os países em relação a combustíveis fósseis. A ministra afirmou que é preciso sair da COP28 com o que “todos esperam”: Uma matriz caracterizada pelo acentuado aumento das fontes renováveis de energia e a simultânea redução da dependência dos combustíveis fósseis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.