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12/Dec/2023

Argentina: dificuldades para estabilizar a economia

Segundo a Fitch Ratings, o novo presidente da Argentina, Javier Milei, tem à frente um caminho nada fácil para estabilizar a economia, depois de anos de disfunções. Os mercados locais estão em rali diante de sinais mais claros da capacidade de Milei de cumprir suas propostas agressivas, e de moderação nas pautas mais radicais, como a de dolarização da economia. Entretanto, o ajuste será doloroso. A correção dos desequilíbrios macroeconômicos exigirá um esforço político multifacetado. Um grande ajuste fiscal é a peça central necessária deste esforço, mas será difícil e demorado implementá-lo.

As reformas microeconômicas transformadoras, por sua vez, enfrentam uma perspectiva legislativa difícil. O partido de Milei tem pouca representação na legislatura e não controla nenhum governo provincial, as alianças com partidos mais influentes e detentores de poder permanecem em constante mudança e a situação social é frágil. Por outro lado, as projeções para o setor da energia continuam a ser animadoras. O rating 'CC' da Argentina sinaliza a visão da Fitch de que uma reestruturação ou outro evento de inadimplência de algum tipo é mais provável nos próximos anos.

Evitar este cenário dependerá provavelmente de uma grande acumulação de reservas internacionais, o que será difícil dado o fraco ponto de partida e os desafios no processo de ajuste. É também provável que exija a recuperação do acesso ao mercado, o que poderá ser ainda mais difícil. O prazo para atingir essas condições é curto, dado o aumento nos pagamentos de obrigações em moeda estrangeira a partir de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.