11/Dec/2023

O dólar emplacou na sexta-feira (08/12) a segunda sessão consecutiva de alta ante o Real no Brasil, com as cotações reagindo a dados fortes do mercado de trabalho norte-americano que fizeram investidores reduzirem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros já a partir de março. O dólar fechou a R$ 4,92, em alta de 0,41%. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou ganhos de 0,97% ante a divisa brasileira. Durante a semana passada, a principal expectativa dos investidores girou em torno da divulgação dos dados do relatório de empregos payroll, na sexta-feira (08/12).

Antes de os números saírem, o dólar chegou a oscilar no território negativo, marcando a cotação mínima de R$ 4,89 (-0,28%). Com a divulgação do payroll às 10h30, o cenário mudou. O relatório mostrou que cerca de 199.000 empregos foram criados fora do setor agrícola no mês passado. Os dados de outubro não foram revisados e seguiram mostrando a criação de 150.000 empregos. No mercado financeiro, os números seguraram um pouco do ímpeto mais recente dos investidores, que passaram a reduzir as apostas de que o Fed começará a cortar juros já em março. Isso se traduziu na alta dos rendimentos dos Treasuries, que acabou por impulsionar o dólar ante as demais divisas.

No Brasil, o dólar à vista bateu a cotação máxima de R$ 4,93 (+0,58%), já após o payroll. No entanto, a moeda norte-americana, apesar do payroll, oscilou em margens relativamente estreitas durante a sessão, sem força para altas ou baixas mais intensas. O dólar se mantinha em alta ante uma cesta de moedas fortes no exterior e subia ante a maior parte das divisas de emergentes e exportadores de commodities. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,31%, a 104,000. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de fevereiro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.