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11/Dec/2023

Perspectivas positivas para a economia brasileira

Segundo o Banco Pine, a inflação brasileira já está na meta há três meses. A visão é construtiva para o cenário econômico brasileiro. O modelo de cálculo que mostra a inflação na meta é o norte-americano, que dessazonaliza a inflação e anualiza a média móvel. Há cálculos que mostram esta inflação em 2,9%. De modo geral, 2023 foi e continua sendo um ano desafiador, com problemas de origem internacional e internos. O resultado foi que o Brasil recebeu três upgrades, sendo que o último foi na semana passada pela Moody's. Desde o começo do ano, percebe-se que o Brasil era visto no exterior como uma espécie de ‘porto seguro’.

Os governos, independentemente de ideologia partidária, falam para suas bases, mas no final do dia a inflação é 3% e o projeto de arcabouço fiscal é enviado. O banco interpreta os dados sem viés político e dogmático. Em economia há três variáveis que determinam os cenários econômicos: taxa de câmbio, juros e salário. Por isso temos, a visão construtiva para o Brasil nos próximos três anos, porque o País vai se beneficiar da transição energética global e da nova configuração geopolítica. A previsão é de um longo ciclo de bons ventos para a economia brasileira e que devem propiciar crescimento do PIB médio.

A chance de o Banco Central acelerar o ritmo de cortes da taxa Selic é crescente. A média dos núcleos de inflação, especialmente o Ex2 e o Ex3, que sinalizam de forma mais assertiva o futuro, já aponta para um IPCA no centro da meta, de 3%. Para 2024, não há preocupação com o IPCA. Olhando só para a inflação, o Banco Central poderia acelerar o ritmo de corte de juro no primeiro semestre do ano que vem. A chance de cortes maiores que 50 pontos-base é crescente. O Pine espera queda da taxa Selic a 11,75% este ano e a 9,75% no fim do ciclo, em 2024. Um risco seria um constrangimento vindo por causa do El Niño.

Mas, mesmo para este fenômeno não haverá grandes riscos. A constatação é de que o El Niño deste e do próximo ano será moderado. Deve influenciar na ocorrência de poucas chuvas nas Regiões Norte e Nordeste, mas abundância de chuvas demais regiões. Do ponto de vista do fiscal, o Banco Pine também não vê grandes riscos à trajetória de afrouxamento monetário porque, para o Banco Central, o que conta é o impulso fiscal de um ano para outro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.