07/Dec/2023

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as exportações do agronegócio devem somar US$ 172,1 bilhões em 2024. Para este ano, a previsão é de que as exportações do agro alcancem o recorde de US$ 164 bilhões ante US$ 159 bilhões reportados no ano passado. No ano, até outubro, o agro respondeu por 49,4% de tudo que foi exportado pelo Brasil, contribuindo com US$ 139,6 bilhões. A China aumentou a participação de 33% para 35%, em virtude do aumento dos embarques de soja e milho. A Argentina passou de décimo destino para quinto destino em virtude da quebra na safra argentina e do aumento da exportação de soja do Brasil para o país.

Em contrapartida, as compras de carne bovina do Brasil pela China foram US$ 2,6 bilhões menores. No geral, as vendas para a China cresceram 13% de janeiro a outubro, com destaque para soja e milho. A expectativa é pela ampliação da pauta de produtos que vendemos, como café, mel e frutas. Sobre o resultado do agro no ano, a queda dos preços das commodities agrícolas limitou maior crescimento dos embarques do setor. O Brasil continuou vendendo grandes volumes, mas a preços mais baixos, o que afetou o resultado do setor.

Em relação à geopolítica global, o agravamento do conflito no Oriente Médio pode influenciar em custos e rotas marítimas, assim como a disputa entre Estados Unidos e China deve acirrar, a depender do presidente que será eleito no próximo ano. No âmbito do Mercosul, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, amenizou o tom, mas é preciso ver como lidará com o bloco. A participação da Argentina afeta toda a agenda de negociações e afeta o Brasil, além das críticas do Uruguai que podem afetar o bloco. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.