07/Dec/2023

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que a estimativa para safra de grãos 2023/2024 tende a ser revisada para baixo pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no seu próximo relatório mensal, que será divulgado nesta quinta-feira (07/12). A redução tende a ser motivada pelos reflexos do El Niño na safra de verão, que atrasou o cultivo e desenvolvimento das lavouras de soja e gerou restrição hídrica nas Regiões Centro-Sul e Norte. A projeção atual da Conab indica uma produção 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas menor que o colhido na temporada passada, de 321,4 milhões de toneladas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê 311 milhões de toneladas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 308 milhões de toneladas. Não se sabe qual será o tamanho, mas haverá redução pela Conab. Os eventos climáticos de dezembro e janeiro serão determinantes para a produção da safra. Se observa replantio da soja neste momento, o que prejudica o milho. Será uma janela de plantio de milho muito menor para a 2ª safra de 2024. Talvez a produção fique muito abaixo do estimado. Há restrição hídrica nas Regiões Norte e Nordeste, enquanto há excesso de chuva na Região Sul do País com o El Niño, que deve ter o ápice em janeiro.

Para a produção pecuária, a previsão é de aumento de 0,2% no volume de carne bovina em 2024 em relação a este ano. Os preços do boi gordo continuarão pressionados pela alta taxa de abate e pela demanda interna tímida, além da recuperação da produção chinesa da proteína animal. Para a pecuária leiteira, a previsão é de estabilidade na produção em 2024, em torno de 34,1 bilhões de litros. O resultado será influenciado pelas margens negativas deste ano e pelo menor poder de investimento dos produtores, atrelado às perspectivas de aumento nos custos e ao clima adverso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.