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06/Dec/2023

PIB tem 3ª alta consecutiva no 3º trimestre de 2023

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. O resultado veio mais forte do que as previsões. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 2,0% no terceiro trimestre de 2023, também superando as previsões. O PIB do terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,7 trilhões. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB da indústria cresceu 1,0%. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 3,3% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB da agropecuária cresceu 8,8%.

O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB de serviços cresceu 1,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,5% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, a FBCF mostrou queda de 6,8%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do terceiro trimestre de 2023 ficou em 16,6%. O consumo das famílias subiu 1,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o consumo das famílias cresceu 3,3%. O consumo do governo subiu 0,5% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, avançou 0,8%. As exportações cresceram 3,0% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, as exportações subiram 10,0%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 2,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, cederam 6,1%. A taxa de poupança no País ficou em 15,7% no terceiro trimestre de 2023. A taxa de investimento ficou em 16,6% no terceiro trimestre de 2023. O IBGE revisou o crescimento do PIB do segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre de 2023, de 0,9% para 1,0%. Também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022, de 1,8% para 1,4%. O PIB do quarto trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2022 também foi revisado, de alta de 0,1% para queda de 0,1%. O PIB do terceiro trimestre de 2022, na comparação com o segundo trimestre de 2022, passou de 0,4% para 1,1%. A terceira alta consecutiva trimestral PIB renovou o patamar recorde da série histórica. A economia brasileira está operando 7,2% acima do nível pré-pandemia, do 4º trimestre de 2019.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 0,1%. Houve recuo de 3,3% no PIB agropecuário no terceiro trimestre, na margem, enquanto a indústria avançou 0,6% e os serviços também cresceram 0,6%. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB agro cresceu 8,8%, enquanto a indústria subiu 1,0% e os serviços avançaram 1,8%, na mesma base de comparação. A alta interanual do PIB da agropecuária foi puxada pelas safras de milho, cana-de-açúcar, algodão e café. Também houve contribuição positiva da pecuária. A alta interanual da Indústria foi puxada pela elevação de 7,3% na abertura de Eletricidade e gás, água e esgoto. O movimento foi puxado pelo maior consumo de eletricidade, principalmente a residencial, devido a tarifas com bandeira verde. O avanço de 8,8% na agropecuária no terceiro trimestre de 2023 ante igual período de 2022 foi o componente que puxou a elevação de 2,0% no PIB brasileiro no período. O grande destaque do ano é esse crescimento na agropecuária. A taxa interanual quem está puxando para cima continua sendo a agropecuária.

No PIB do terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, a alta do Valor Adicionado a preços básicos foi de 2,1%, enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,2%. A expansão da Agropecuária foi impulsionada pelo desempenho de produtos com safras relevantes no terceiro trimestre, como: milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%). Houve contribuição positiva ainda da pecuária. As Indústrias extrativas cresceram 7,2%, puxadas pela maior extração de petróleo e gás. A Construção recuou 4,5%, devido a retrações da ocupação e da produção dos insumos típicos dessa atividade. Esse ano não está sendo bom para a construção, porque é muito afetada pelos juros altos. No PIB industrial, houve queda de 1,5% nas Indústrias de transformação, influenciada, sobretudo, por perdas em máquinas e equipamentos, produtos químicos, indústria automotiva e metalurgia.

O PIB de Serviços subiu 1,8% no terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, com destaque para a alta de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%). Houve avanços também nas Atividades imobiliárias (3,6%), Informação e comunicação (1,6%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Outras atividades de serviços (1,1%), Comércio (0,7%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%). Pelo lado da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 3,3%, turbinado pelos auxílios governamentais às famílias e pela melhora no mercado de trabalho. O Consumo do Governo cresceu 0,8% no período. O setor externo contribuiu positivamente para o PIB do terceiro trimestre. As Exportações de Bens e Serviços subiram 10,0%, devidos a avanços na agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços.

As Importações de Bens e Serviços recuaram 6,1%, com quedas em máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos. O consumo alcançou novo pico histórico no País no terceiro trimestre deste ano. Tanto o consumo das famílias quanto o consumo do governo atingiram níveis recordes. O Consumo das Famílias aumentou 1,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre deste ano, e o consumo do governo cresceu 0,5%. O avanço no consumo das famílias é impulsionado, principalmente, pelos programas governamentais de transferência de renda e pela manutenção da trajetória de melhora do mercado de trabalho. Muito influenciado pelas transferências de renda do governo, e a continuação da melhoria das condições do mercado de trabalho.

A desaceleração da inflação e o crescimento do crédito também contribuem positivamente. A desaceleração da inflação ajuda a aumentar a massa salarial real em circulação na economia. Por outro lado, embora o Comitê de Política Monetária do Banco Central tenha iniciado o ciclo de afrouxamento monetário, os juros continuam elevados, levando a uma queda no consumo de bens duráveis. O alto nível de endividamento das famílias também pesa negativamente. O que puxa ainda para baixo o consumo das famílias é o endividamento elevado. É preciso observar como vai ficar com o Desenrola (programa de renegociação de dívidas). O PIB brasileiro mostrou perda de fôlego na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, com resultados heterogêneos entre as atividades econômicas investigadas.

O PIB teve leve avanço de 0,1% no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior, a terceira taxa positiva consecutiva. A atividade econômica, porém, vinha de altas mais expressivas no segundo trimestre (1,0%) e primeiro trimestre (1,4%). Ficou estável. Nesse trimestre, a economia teve comportamentos bem distintos por dentro das atividades. No terceiro trimestre, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB da agropecuária encolheu 3,3%, enquanto o dos serviços cresceu 0,6% e o da indústria avançou também 0,6%. O PIB do terceiro trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária. Indústria e serviços cresceram. Lógico que na agropecuária, isso já era totalmente esperado, porque a soja teve safra recorde, e, quando sai de cena, tem crescimento menor. A soja estava puxando muito para cima no primeiro e no segundo trimestres. Pela ótica da oferta, considerando as 12 atividades econômicas, três tiveram recuos.

Além da agropecuária, houve perdas na construção (-3,8%) e nos transportes (-0,9%). Outras duas ficaram praticamente estagnadas: indústrias extrativas (0,1%) e indústria da transformação (0,1%). A queda no transporte foi puxada por transporte de passageiros. Já a construção e a indústria de transformação, que integram o PIB Industrial, sentem os efeitos contracionistas da política monetária ainda restritiva. A maior parte dos destaques negativos na indústria da transformação são ligados a bens de capital, que rebatem também nos investimentos. Os demais avanços no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2023 ocorreram nas atividades financeiras (1,3%), atividades imobiliárias (1,3%), informação e comunicação (1,0%), eletricidade e água (3,6%), comércio (0,3%), outras atividades de serviços (0,5%) e administração pública e seguridade social (0,4%). O Ministério da Fazenda previu que o resultado do PIB do último trimestre do ano será melhor que o do terceiro trimestre e afastou qualquer preocupação em relação a uma recessão técnica.

Ainda que o terceiro trimestre tenha vindo mais tímido, o que era esperado, há bons sinais de que o último trimestre será melhor, puxado pelo bom ritmo do consumo das famílias, fruto da melhora da renda real disponível com a boa dinâmica do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e o Desenrola, em um ambiente de baixa inflação. O dado divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (05/12) confirma as projeções do governo de uma elevação do PIB na casa dos 3% em 2023. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, comemorou o avanço de 0,1% do PIB no 3º trimestre. A ministra apontou que a economia brasileira deve encerrar 2023 com crescimento acima de 3%. Isso é mais do que a média mundial. A ministra ainda acrescentou que o resultado impacta diretamente na qualidade de vida no País. Crescimento da economia e da renda traz melhoria de vida aos brasileiros, razão maior do trabalho do governo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.