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05/Dec/2023

Ranking Mundial de Competitividade Digital 2023

O Brasil caiu cinco posições no Ranking Mundial de Competitividade Digital, ficando no 57º lugar em uma lista de 64 países avaliados. Com o resultado, volta aos patamares de 2018 e 2019. Quando o estudo foi divulgado pela primeira vez, há sete anos, o País figurava no 55º posto. Na edição do ano passado, ficou na 52ª colocação. O ranking global é feito anualmente pelo IMD World Competitiveness Center em parceria técnica com o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC). E avalia a capacidade das economias para incorporar novas tecnologias digitais que podem impactar a produtividade, o crescimento dos países e das organizações. No relatório deste ano, o Brasil está à frente apenas de África do Sul, Filipinas, Botsuana, Argentina, Colômbia, Mongólia e Venezuela. A lista dos dez primeiros colocados, com os Estados Unidos na liderança após ganhar uma posição em relação a 2022, se manteve pouco alterada, com esse grupo de países se descolando cada vez mais dos demais.

O desenvolvimento e a adoção de tecnologias digitais vêm ampliando cada vez mais a distância entre os países no topo e na base da lista. Por isso, o ranking reforça a importância de um maior envolvimento da esfera pública e privada na agenda de construção de uma nação digital, pela complexidade e necessidade de atuação em cooperação para superação de desafios. O estudo avalia três temas: conhecimento, tecnologia e prontidão para o futuro, com base em 54 indicadores sobre temas como gestão das cidades, fluxo de estudantes estrangeiros, treinamento e educação, gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), financiamento para o desenvolvimento tecnológico, serviços bancários e financeiros, agilidade empresarial e segurança cibernética do governo. Também são avaliadas as percepções de cerca de 100 executivos brasileiros de diferentes setores, regiões e portes de empresas, com o objetivo de se obter uma representação geral do País.

Globalmente, a pesquisa teve a contribuição de mais de 6,4 mil executivos em todos os países da lista. O estudo permite acompanhar e analisar os avanços e retrocessos dos países sobre a pauta de transformação digital ao longo destes anos. Também auxilia governos e empresas a identificar áreas estratégicas para concentrar seus recursos e a determinar as melhores práticas ao iniciar o processo de transformação digital. O Brasil está sempre na rabeira porque as condições estruturantes são as mesmas. No ano passado, o País tinha perdido uma posição e, neste ano, foram cinco. Uma das explicações é que houve uma melhora significativa dos dez primeiros colocados. Levando-se em conta uma pontuação até 100, eles ficam sempre orbitando na média dos 95 pontos porque fazem investimentos significativos em ciência e tecnologia, que é o que mais gera riqueza para um país. esses países precisam ser copiados para puxar a agenda de crescimento dos demais.

Todo país que tem uma performance econômica elevada teve o Estado como indutor num primeiro momento, gerou fomento e reduziu custo de capital para ciência e tecnologia. Falta de agilidade das empresas e de formação são pontos negativos. Um dos pilares avaliados no estudo que levou o País a cair no ranking foi a agilidade empresarial. As empresas brasileiras deveriam levar mais a sério as agendas de inovação e tecnologia, de transformação digital. Outro pilar com peso negativo é a questão da formação. Nem a formação básica nem a técnica nem na parte de engenharia está conseguindo melhorar a performance do País. O Brasil se saiu bem em alguns poucos pontos, como no total de gastos públicos em educação, representatividade feminina em pesquisas científicas, produtividade em pesquisas e uso de serviços públicos online pela população. As piores pontuações foram para a experiência internacional da força de trabalho, habilidades tecnológicas e estratégias de gestão das cidades para apoiar os negócios. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.