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04/Dec/2023

COP28: Brasil defende redução do uso de fósseis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na sexta-feira (1º/12), que é preciso reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e acelerar o ritmo de descarbonização da economia. Em seu discurso durante sessão de abertura da presidência da COP28, quando falam líderes mundiais, Lula criticou os descumprimentos dos acordos climáticos. O presidente volta à COP28 buscando retomar o protagonismo do Brasil na agenda climática global. Lula puxou a fila de chefes de Estado rumo à foto oficial do encontro, caminhando na primeira fila ao lado do presidente dos Emirados Árabes Unidos, sheik Mohammed bin Zayed. Mais de 160 líderes mundiais participam do encontro. "O mundo já está convencido do potencial das energias renováveis e é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descabornização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis. Vamos trabalhar de forma construtiva com todos os países para pavimentar o caminho da COP30", disse Lula, referindo-se ao evento marcado para 2025 em Belém (Pará).

Apesar da fala do presidente, o País precisa lidar com as contradições envolvendo a possível exploração de petróleo na Margem Equatorial, próximo à foz do Rio Amazonas. O tema gera divergência no governo federal, opondo a área ambiental e a energética. Lula criticou ainda o gasto dos países na manutenção de arsenais para promover guerra e cobrou investimentos financeiros por parte dos países ricos. "O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos. De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta? Somente no ano passado, o mundo gastou mais de US$ 2 trilhões e 224 milhões de dólares em armas, quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos", afirmou.

O Brasil chega à COP com a redução expressiva nos índices de desmatamento e o objetivo de captar financiamento para preservação de florestas. Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em um ano, de agosto de 2022, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, a julho de 2023, sob comando de Lula, o país derrubou em 22% as taxas de desmatamento da Amazônia. Por outro lado, o País ainda encontra dificuldade em reduzir os índices do Cerrado. Números divulgados na semana passada mostram que a taxa do desmatamento se manteve estável em um ano, mas a área perdida é de 11.011,7 Km², superior ao território destruído na Amazônia. Após o pronunciamento, o presidente participou de uma reunião com o secretário geral da ONU, António Guterres.

O presidente se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. O presidente Lula teve ainda encontros com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O presidente Lula defendeu, durante discurso na abertura da COP28, o plano de Transformação Ecológica. Capitaneado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esse programa pretende impulsionar o Brasil na disputa por espaços em áreas como bioeconomia e energia limpa. O presidente criticou também a falta de compromisso dos países, que afeta a credibilidade dos acordos celebrados e questionou o fato de a ONU não conseguir promover a paz no planeta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.