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04/Dec/2023

COP28: Brasil propõe fundo para florestas tropicais

O governo brasileiro propôs a criação de um fundo de investimento global que irá distribuir parte dos rendimentos para países que preservam as suas florestais tropicais. O projeto do Fundo Floresta Tropical para Sempre - FFTS (Tropical Forest Forever Facility) nasce com a meta de captação inicial de US$ 250 milhões. O objetivo é beneficiar 80 países que contam com florestas tropicais.

A proposta foi apresentada na sexta-feira (1º/12) na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai. O projeto é conceitual e aberto a contribuições dos 80 países, entre eles, Congo e Indonésia, foi apresentado pelo presidente do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, num evento com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o negociador-chefe para mudanças climáticas do Brasil, embaixador André Corrêa do Lago.

O FFTS deverá remunerar os cotistas com juros de mercado equivalente à de um título soberano de país desenvolvido. A diferença para a rentabilidade conseguida pelo gestor, ou seja, a rentabilidade da carteira subtraída da taxa livre de risco, será destinada para o pagamento dos países que comprovam a preservação ou a restauração de suas florestas tropicais.

A gestão será feita por um organismo global, que capta recursos via emissão de títulos de baixo risco (AAA) e pode realizar os desembolsos para qualquer país. A rentabilidade liquida do FFTS será a fonte de pagamentos para os países com florestais. A estimativa preliminar prevê o pagamento de US$ 25,00 por hectare preservado ou restaurado. Inicialmente, o FFTS captará recursos de fundos soberanos, ou seja, pode ser criado a partir da decisão de poucos agentes econômicos (países florestais e alguns países com fundos soberanos.

Os 13 maiores fundos soberanos do mundo possuem US$ 1,3 trilhão investidos em ativos de baixo risco. A proposta é conceitual e aberta a contribuições dos outros países com florestas tropicais. Serão feitos estudos e modelos econométricos para novas estimativas sobre a remuneração do hectare preservado. Também precisa ainda ser definido o gestor ou organismo global a gerir o fundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.