01/Dec/2023
Mal começou e a COP de Dubai já entrou para a história. É a primeira vez em 28 conferências do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) que um anúncio importante é feito no primeiro dia. Países industrializados e a União Europeia divulgaram desembolsos para o fundo de perdas e danos, há tempo discutido e até então não operacionalizado. Mas, numa conferência naturalmente complexa, e cheia de controvérsias, nem essa decisão poderia sair sem contradições. Até o momento, os anúncios somam pouco mais de US$ 400 milhões. É uma fração do entendido como necessário. O montante combinado para apoiar os países mais pobres e, portanto, mais suscetíveis às mudanças climáticas é de US$ 100 bilhões por ano. Deviam estar fazendo esse desembolso desde 2020.
Como país individualmente, a Alemanha é o que anunciou o maior aporte: US$ 100 milhões. A União Europeia, outros US$ 225 milhões. A maior economia do mundo, os Estados Unidos, dedicou US$ 17 milhões, um pouco a mais que a quarta maior economia do planeta, o Japão (US$ 10 milhões). Os valores relativamente tímidos, especialmente dos maiores poupadores do planeta, ilustram bem como a discussão é muito complicada. Mas vendo o copo meio cheio, como fez o negociador-chefe do Brasil para questões de clima, o embaixador André Corrêa do Lago, já dá para dizer que a COP começou bem. No caso do governo do Brasil, a COP28 começa oficialmente nesta sexta-feira (1º/12).
A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cronograma acelerado. Em dois dias, Lula terá 26 eventos. Esta sexta-feira (1º/12) será o dia mais cheio com 16 deles, entre reuniões bilaterais, discursos, entrega de prêmio e jantar de gala, oferecido por ele, primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheik Mohamed bin Zayed. Duas reuniões chamam atenção: uma com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e outra com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No sábado (02/12), serão os outros dez eventos. Lula almoça com o presidente da França, Emmanuel Macron, e se reúne com o G77+China, um dos grupos de discussão sobre mudança do clima pelos quais o Brasil negocia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.