01/Dec/2023

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou que o governo brasileiro vai apresentar nesta sexta-feira (1º/12) uma proposta de mecanismo global de financiamento para preservação e restauração de florestas tropicais. Segundo ela, a iniciativa vai beneficiar cerca de 80 países. Pelo mecanismo, os países com floresta tropical receberão um recurso por hectare de floresta que mantiveram em pé. É algo inovador, afirmou a ministra. Os recursos deverão vir dos países ricos e não serão retornados. Mas isso não vai significar caridade. Não serão doações como é no Fundo Amazônia.

É um mecanismo que possibilitará que países desenvolvidos possam manifestar o compromisso que têm como a preservação das florestas, a manutenção dos serviços ecossistêmicos, a proteção da biodiversidade e dos povos originários. Os detalhes serão apresentados nesta sexta-feira (1º/12). Marina comemorou que o primeiro dia da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) começou com anúncios e decisões. Um deles foi a aprovação da agenda de trabalho da COP. E o segundo foi operacionalização do fundo de perdas e danos. Já foram feitas até as primeiras doações, que já chegam a US$ 400 milhões. Para ela, os dois anúncios reforçam que os processos multilaterais funcionam e devem ser respeitados.

O Financial Times indicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entre as 25 "Mulheres do Ano". A lista, que não constitui um ranking, reúne as figuras femininas de maior influência no cenário internacional, escolhidas em consulta com centenas de jornalistas do diário britânico, além de leitores e lideranças empresariais. Além de Marina, o grupo inclui ainda nomes proeminentes em diversas áreas, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, a executiva da Open AI Mira Murati, a cantora Beyoncé e a atriz Margot Robbie. A publicação traz um texto da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet em tributo a Marina Silva.

Bachelet chama atenção para o papel central da ministra brasileira no combate ao que considera uma "crise tripla", marcada pela confluência de mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Michelle Bachelet relembra a trajetória de Marina Silva, que saiu de uma comunidade de seringueiros na Floresta Amazônica, foi eleita ao Senado e depois nomeada para comandar o Ministério do Meio Ambiente do Brasil duas vezes. Bachelet acrescenta que, sob sua supervisão, o desmatamento na região caiu 59% entre 2004 e 2007. Marina continua a liderar o esforço para construir resiliência climática e restaurar o ecossistema conhecido como 'o pulmão do planeta', destaca. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.