01/Dec/2023
De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (30/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,6% no trimestre encerrado em outubro. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,3%. No trimestre encerrado em setembro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,7%. A taxa de desocupação caiu de 7,9% no trimestre terminado em julho para 7,6% no trimestre encerrado em outubro, menor resultado desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%. A taxa de desemprego foi a menor para trimestres até outubro desde 2014, quando ficou em 6,7%. No trimestre terminado em outubro de 2022, a taxa estava em 8,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.999,00 no trimestre encerrado em outubro. O resultado representa alta de 3,90% em relação ao mesmo trimestre de 2022.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 295,745 bilhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 4,70% ante igual período do ano passado. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,4% no trimestre até outubro, ante 5,2% no trimestre até julho. Em todo o Brasil, há 5,443 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até julho para o trimestre até outubro, houve um aumento de 287 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 546 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. O Brasil registrou 3,440 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em outubro. A população desalentada desceu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em agosto de 2016. O resultado significa 220 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em julho, um recuo de 6,0%.
Em um ano, 741 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 17,7%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O País registrou uma geração de 862 mil vagas no mercado de trabalho no trimestre até outubro em relação ao trimestre encerrado em julho, um aumento de 0,9% na ocupação. A população ocupada alcançou um recorde de 100,206 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro. Em um ano, mais 545 mil pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada recuou em 261 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,259 milhões de desempregados no trimestre até outubro. Em um ano, 763 mil pessoas deixaram o desemprego.
A população desempregada desceu ao menor patamar desde o trimestre até abril de 2015. A população inativa somou 66,641 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro, 228 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 1,738 milhão de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) ficou em 57,2% no trimestre até outubro, ante 56,9% no trimestre até julho. No trimestre terminado em outubro de 2022, o nível da ocupação era de 57,4%. O trimestre encerrado em outubro de 2023 mostrou uma geração de 620 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em julho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 992 mil vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 37,615 milhões no trimestre, maior contingente desde junho de 2014.
A população trabalhando sem carteira assinada no setor privado alcançou 13,314 milhões, 87 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até outubro de 2022, foram fechadas 58 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou 317 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,582 milhões. O resultado significa 171 mil pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores cresceu em 28 mil em um trimestre. Em relação a outubro de 2022, o total de empregadores é menor em 140 mil pessoas. O País teve um recuo de 59 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,819 milhões de pessoas. Esse contingente é 63 mil pessoas menor que no ano anterior. O setor público teve 117 mil ocupados a menos no trimestre terminado em outubro ante o trimestre encerrado em julho. Na comparação com o trimestre até outubro de 2022, foram fechadas 165 mil vagas.
Sete das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em outubro. Na passagem do trimestre terminado em julho para o trimestre encerrado em outubro, houve demissões apenas na indústria, 37 mil vagas a menos; e nos serviços domésticos, menos 44 mil. A agricultura mostrou estabilidade na ocupação. Houve geração de postos de trabalho em alojamento e alimentação (124 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (228 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (64 mil), construção (149 mil), comércio (106 mil), outros serviços (89 mil) e transporte e armazenagem (172 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, as atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 351 mil trabalhadores, a construção, que dispensou 93 mil pessoas, o comércio (-307 mil vagas), a indústria (-155 mil), outros serviços (-100 mil) e serviços domésticos (-54 mil).
Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (439 mil trabalhadores a mais), alojamento e alimentação (365 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (508 mil) e transporte (283 mil). O País registrou uma taxa de informalidade de 39,1% no mercado de trabalho no trimestre até outubro de 2023. Havia 39,180 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 257 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 862 mil novos postos de trabalho. Ou seja, a maior parte de fato da ocupação, do crescimento da ocupação, foi por meio da população ocupada formal. A maior parte da expansão da ocupação foi via formalidade.
Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 87 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 18 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 175 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ. Houve redução de 14 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar e de 9 mil empregadores sem CNPJ. A população ocupada atuando na informalidade cresceu 0,7% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais subiu em 216 mil pessoas, alta de 0,6%. A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 13,163 bilhões no período de um ano, para o nível recorde de R$ 295,745 bilhões, uma alta de 4,7% no trimestre encerrado em outubro de 2023 ante o trimestre terminado em outubro de 2022. Na comparação com o trimestre terminado em julho, a massa de renda real subiu 2,6% no trimestre terminado em outubro, R$ 7,369 bilhões a mais. Era de se esperar um crescimento importante, dado que houve expansão tanto do número de trabalhadores quanto do rendimento desses ocupados.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 1,7% na comparação com o trimestre até julho, R$ 49,00 a mais, para R$ 2.999,00. Em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,9%, R$ 112,00 a mais. A renda nominal, ou seja, antes de descontada a inflação no período, cresceu 2,2% no trimestre terminado em outubro ante o trimestre encerrado em julho. Na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2022, houve elevação de 8,9% na renda média nominal. O mercado de trabalho tem mostrado uma melhora quantitativa, mas também qualitativa. O avanço da renda média e a abertura de novas oportunidades na formalidade são indicadores de um emprego de mais qualidade. Tudo indica que o mercado de trabalho está mostrando as melhorias que têm ocorrido no âmbito das atividades econômicas.
A taxa de desocupação caiu de 7,9% no trimestre terminado em julho para 7,6% no trimestre encerrado em outubro, menor resultado desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%. Se considerados apenas trimestres encerrados em outubro, a taxa de desemprego é a mais baixa desde 2014, quando ficou em 6,7%. Em apenas um trimestre, mais 862 mil pessoas passaram a trabalhar, totalizando um recorde de 100,206 milhões de trabalhadores ocupados no País. Ao mesmo tempo, 261 mil brasileiros deixaram o desemprego. A população desempregada desceu a 8,259 milhões, menor patamar desde abril de 2015. O total de inativos também diminuiu no trimestre, menos 228 mil pessoas nessa condição, totalizando 66,641 milhões fora da força de trabalho. Não se trata apenas de números positivos em relação ao contingente do mercado de trabalho, mas uma expansão da ocupação acompanhada por características ligadas a indicadores qualitativos.
Há um aumento não apenas quantitativo, do contingente de ocupados, mas essa expansão vem acompanhada do aumento da formalidade e do rendimento. E essa melhoria vem acompanhada por algumas atividades que têm registrado expansão da ocupação, e essa expansão através da carteira de trabalho. Houve abertura de 620 mil vagas com carteira assinada no setor privado no trimestre terminado em outubro. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado subiu a 37,615 milhões no trimestre até outubro, maior contingente desde junho de 2014. Embora o aumento da carteira assinada venha ocorrendo de forma consistente, esse crescimento tem sido bastante concentrado em algumas atividades, como informação, comunicação e atividades administrativas, mas também um pouco na indústria e no comércio. O mercado de trabalho recupera o padrão sazonal, de geração de vagas ao longo do ano, mas incorporando também melhorias quantitativas e qualitativas.
Há recuperação desse padrão, dessa dinâmica sazonal, e isso está incorporando melhorias quantitativas, mas também outros indicadores como a forma de inserção do trabalhador e do rendimento médio. O número de trabalhadores ocupados que contribuem para a Previdência Social alcançou um recorde de 64,658 milhões no trimestre até outubro. Uma externalidade positiva do processo de melhora do mercado de trabalho é o indicador de contribuição previdenciária. Com mais pessoas trabalhando e rendimentos mais elevados, a massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 13,163 bilhões no período de um ano, para o nível recorde de R$ 295,745 bilhões, uma alta de 4,7% no trimestre encerrado em outubro de 2023 ante o trimestre terminado em outubro de 2022. Na comparação com o trimestre terminado em julho de 2023, a massa de renda real subiu 2,6% no trimestre terminado em outubro, R$ 7,369 bilhões a mais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.