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28/Nov/2023

Transição Energética: gastos abaixo do necessário

De acordo com levantamento do Boston Consulting Group (BCG), a transição energética no mundo depende de um investimento de US$ 37 trilhões até 2030 em infraestrutura industrial e fontes de energia renovável, como eólica e solar. Até o momento, porém, iniciativas públicas e privadas anunciaram um gasto de US$19 trilhões nessas áreas nos próximos sete anos, ou seja, apenas metade do que seria necessário para atingir as metas de descarbonização. O levantamento aponta que, atualmente, quem mais financia a transição energética no mundo são os governos, com um investimento na casa dos US$ 3,6 trilhões, por meio de incentivos fiscais.

Outro grande destaque são as companhias de óleo e gás, responsáveis por 41% das emissões globais de gases do efeito estufa (GEE). O estudo demonstra que as empresas desse setor têm mais capacidade de tornar viável a transição energética do que as empresas de energia propriamente. Enquanto as empresas de óleo e gás privadas e públicas investem, juntas, US$ 6,9 trilhões em transição energética, as elétricas investem, em conjunto com outros setores de utilidades, US$ 6,1 trilhões. Embora uma mobilização maior da indústria seja necessária, o BCG no Brasil afirma que a lacuna de investimento está majoritariamente do lado da demanda, e que é preciso incentivar mudanças entre os consumidores, como trocar as fontes de energia, trocar o veículo para modelos mais sustentáveis.

É preciso ganhar eficiência energética e reduzir a necessidade de energia que não é limpa. Dos US$ 18 trilhões em projetos que não saíram do papel, US$ 1 trilhão se refere à construção de infraestrutura, US$ 8 trilhões para a geração de energia renovável e transporte dessa energia e US$ 9 trilhões do setor final de consumo, com mudanças de comportamento. Existem cinco alavancas tecnológicas que podem viabilizar a transição dentro das metas estabelecidas pelas empresas: o aumento da eficiência energética; eletrificação para consumidores finais, como veículos elétricos; descarbonização do fornecimento de energia; uso de combustíveis com baixo teor de carbono; e captura direta do ar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.