24/Nov/2023
Segundo a Universidade de São Paulo (USP), a temperatura dos oceanos altera diretamente o ciclo de evaporação da água e, consequentemente, a atmosfera e o regime de chuvas. As ondas atmosféricas são alteradas pelo El Niño. Se o El Niño se alonga, as ondas de calor também se alongam. Isso não significa que vai ficar o tempo todo calor, sem a chegada de frentes frias. Mas, essas frentes frias terão mais dificuldade em chegar ao centro do País, porque a velocidade em que são direcionadas para o mar logo que passam pela Região Sul do Brasil é maior com o El Niño. Quando o fenômeno La Niña, que esfria as águas do Pacífico, acontece, ocorre o inverso.
O norte da América do Sul fica propenso a chuvas intensas e há poucas chuvas no Sul. Dessa forma, considerando uma La Niña tão intensa nos próximos anos quanto este El Niño, as plantações, o abastecimento de água e as condições atmosféricas para a respiração tendem a ser prejudicadas na Região Sul do País. Na Região Norte, as populações tendem a sofrer com enchentes. Os episódios de El Niño e La Niña ocorrem a cada dois a sete anos, em média, de forma alternada. De acordo com a série histórica, em condições normais, eles geralmente duram de nove a 12 meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.