23/Nov/2023
Os líderes partidários da Câmara querem unir em um único texto os projetos de mercado de carbono regulado e voluntário. A expectativa é que a proposta seja votada nos próximos dias, já que o presidente da Casa, Arthur Lira, quer avançar com a agenda verde no Congresso antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), que ocorre de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O projeto do mercado de carbono regulado, que estabelece limites às empresas para a emissão de gases poluidores, passou na Comissão de Meio Ambiente do Senado e foi encaminhado para a Câmara. O relator escolhido foi o deputado Aliel Machado (PV-PR).
O texto do mercado voluntário, que deve ser apensado (unido) ao do mercado regulado, é relatado por Sérgio Souza (MDB-PR). O mercado regulado foi aprovado no Senado sem incluir nas regras a agropecuária. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) atua para evitar que a regulação seja obrigatória para produtores rurais, mas quer que o setor entre no mercado voluntário. São dois mercados de carbono. Tem o mercado regulado e o mercado voluntário.
Segundo os ruralistas, o projeto do Senado é bancado pela indústria, para fazer com que o agro pague essa conta. O agro precisa ser beneficiado por aquilo que preserva, e não punido. Nada sequestra mais carbono do que a agricultura. Então, é preciso beneficiar o produtor. A FPA vai trabalhar com o mercado de carbono, só que essa tem que ser uma pauta do agro. Existem outros projetos que estão na Câmara que vão ser apensados (unidos). O agro estará no mercado de carbono, mas em condições de ser beneficiado, e não ficar só com o ônus dessa conta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.