22/Nov/2023

A participação do Pantanal será destacada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), agendada para ocorrer em Dubai, nos Emirados Árabes, de 30 de novembro a 12 de dezembro. A intenção do governo federal é ressaltar os esforços dedicados à preservação do bioma, visando atrair investimentos internacionais. No ano de 2023, o Pantanal enfrenta novamente problemas com incêndios. A área destruída até novembro já é quase 200% maior do que o registrado durante todo o ano anterior. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os municípios de Corumbá (74,8%), Aquidauana (12,8%) e Porto Murtinho (10%) concentram 97,6% dos focos de calor no Pantanal.

O Corpo de Bombeiros está empenhado em uma força-tarefa para controlar os grandes incêndios no Pantanal. Até novembro deste ano, 947.025 hectares do bioma, que se estende por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, foram consumidos pelas chamas, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). A preservação do Pantanal é um tema relevante, considerado o segundo bioma mais conservado do Brasil. Um desafio adicional para o governo brasileiro é a desburocratização dos recursos adquiridos na COP, uma vez que entidades precisam apresentar projetos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) para terem acesso aos fundos.

Além disso, a conservação ambiental foi impactada pela crise sanitária da pandemia de Covid-19 e pela iminência da guerra na Ucrânia, o que abalou as relações internacionais. A COP28 é central para o restabelecimento das relações diplomáticas. A Lei do Pantanal visa consolidar legislações estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em uma lei de preservação nacional. Até dezembro, está planejada a elaboração de uma legislação estadual para Mato Grosso do Sul, seguida pela análise das legislações de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, em busca do melhor de ambas. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.