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20/Nov/2023

Relatório Anual da Indústria Brasileira da Árvore

De acordo com o relatório anual da Indústria Brasileira da Árvore (Ibá), lançado na sexta-feira (17/11), o setor de árvores cultivadas acumulou uma série de recordes de desempenho em 2022 e mantém boas perspectivas de crescimento. De acordo com dados do período, a soma das receitas das empresas que atuam no mercado de árvores plantadas para fins industriais atingiu R$ 260 bilhões, valor 6,3% acima na comparação com o ano anterior. O setor de árvores cultivadas é composto por uma série de empresas que utilizam a árvore como matéria-prima para o desenvolvimento de diversos produtos. Os principais são a produção de celulose e variados modelos de papel (desde papel de imprimir e escrever até papel para embalagens), além de painéis de madeira.

Dentro do segmento, a produção de celulose e papel bateu recorde em 2022, com 25 milhões de toneladas de celulose e 11 milhões de toneladas de papel fabricadas. A produção de painéis de maneira, por sua vez, atingiu 8,5 milhões de metros cúbicos. O segmento é um dos que mais cresce no Brasil, em um cenário onde a indústria nacional enfrenta dificuldades. Esse relatório mostra um resultado espetacular e é um sinal para o País. As empresas de árvores cultivadas compreendem tanto o setor do agronegócio quanto a indústria. O Brasil vive uma desindustrialização precoce e acelerada e, em um País que está enfrentando esse processo de redução, temos este segmento que está abrindo uma fábrica nova a cada um ano e meio. Além de estar em ritmo de crescimento, o setor está do lado certo quando se considera a questão ambiental.

Em termos de investimento, as empresas do setor planejam destinar até R$ 62 bilhões até 2028. Entre as principais iniciativas de crescimento do setor está o projeto Cerrado, da Suzano, que prevê a adição de 2,55 milhões de toneladas ao ano de celulose e deve se consolidar como a maior fábrica em linha única de produção do mundo, em um total de R$ 22 bilhões investidos, em Ribas do Rio Pardo (MS), com inauguração prevista para até junho de 2024. Outras iniciativas já estão em fase de operação, como o Puma II, da Klabin, O projeto começou em 2019 e foi dividido em duas etapas de crescimento, com a segunda fase sendo inaugurada no final de setembro.

A unidade, localizada em Ortigueira (PR), passou por um ciclo de R$ 12,9 bilhões em investimentos e terá capacidade de adicionar até 910 toneladas de papel cartão no mercado. O setor de árvores cultivadas gera um total de 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, é o maior exportador de celulose do mundo, com um total de vendas externas em 19,1 milhões de toneladas. No segmento de papéis, são comercializados 2,5 milhões de toneladas para fora do Brasil e em painéis de madeira o montante é de 1,5 milhão de m². No total, foram obtidos US$ 14,3 bilhões em receitas com as exportações, equivalente a 4,3% do total de exportações do País. Responsável pela produção de mais de 5 mil bioprodutos, o setor já planta, colhe e replanta árvores em 9,94 milhões de hectares no Brasil, expandindo-se principalmente sobre áreas previamente degradadas ou com baixa produtividade.

O eucalipto, responsável pela produção de celulose de fibra curta, segue como a cultura mais difundida nas áreas de cultivo, abrangendo 7,6 milhões de hectares (76%). O pinus, que se transforma na celulose de fibra longa, fica em segundo lugar, com 1,9 milhão de hectares (19%). Sobre se em 2023 os resultados poderiam acompanhar a tendência positiva registrada em 2022, considerando as oscilações que foram registradas no preço da celulose, a entidade afirmou apenas que vê uma continuidade da perspectiva de crescimento para o segmento. Nos médio e longo prazos só há crescimento, em todos os sentidos. O setor está indo bem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.