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01/Nov/2023

COP-28: Brasil terá a maior delegação no evento

A exatos 30 dias para a 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas de Dubai (COP-28), o Brasil se prepara para ser a maior delegação do evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) já conta 1.400 participantes, que representam setor público, empresariado e sociedade civil. No pavilhão brasileiro, já há previsão de 110 eventos no período da COP, que vai de 30 de novembro a 12 de dezembro. O Brasil chegará na COP com uma 'megadelegação' e com liderança, seja na área de energia, agricultura e no próprio combate ao desmatamento, afirmou o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará nos dias 1º e 2 dezembro, segundo a previsão. Ao longo da COP-28, 15 ministros de Estado, entre eles o da Fazenda, Fernando Haddad, e a do Meio Ambiente, Marina Silva, participarão em momentos diferentes de acordo com a programação dividida de forma temática. A ministra Marina Silva chega no dia 29 de novembro em Dubai. A previsão é que Fernando Haddad embarque no dia 30 de novembro. A COP28 carrega uma importância especial para o Brasil, que sediará a COP30 dentro de dois anos.

Será nessa conferência que as nações irão publicar o Global Stocktake (GST), um balanço global sobre os avanços, retrocessos e os porquês dos resultados obtidos, nesses oito anos do Acordo de Paris, pelos 195 países signatários. É a partir do GST que as nações irão revisar e apresentar os seus novos compromissos para atender à meta climática global durante a COP-30. O ano de 2025 será da nova rodada de renovações das metas climáticas dos países signatários. Segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), caberá ao governo brasileiro, como presidente da conferência, convencer as partes de que é preciso assumir compromissos mais robustos.

Com a revisão publicada em setembro pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, a pedido pelo Ministério do Meio Ambiente, o objetivo do Brasil é chegar em 2025 com uma emissão máxima de 1,34 GtCO2e (gigatonelada de dióxido de carbono equivalente), o que representa uma redução de 48% em relação a 2005, segundo o quarto inventário nacional. Para 2030, a meta é chegar a 1,21 GtCO2e (redução de 53% na mesma base de comparação). Depois de quatro anos com aumento nas taxas de desmatamento nos biomas Amazônia e Cerrado, o desafio do Brasil em cumprir a sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) ficou maior, segundo o Observatório do Clima.

Mas, o País vai conseguir cumprir a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa caso acelere o ritmo de combate ao desmatamento na Amazônia, que sozinho responde por 36% das emissões brutas do Brasil. A perspectiva foi divulgada nesta terça-feira (31/10) pelo Observatório do Clima e usou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.