30/Oct/2023
O embaixador e ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, vê a 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) como uma oportunidade para o Brasil mudar sua imagem, em especial do agronegócio, no exterior. Dentro desse cenário, que considera "desafiador", o embaixador enfatizou a necessidade de definir as metas e prioridades que serão levadas para Dubai, nos Emirados Árabes, onde ocorrerá a COP28.
O Ministério das Relações Exteriores levantou questões como a garantia da segurança alimentar e práticas sustentáveis dentro do setor como pontos importantes para a abordagem. O Ministério da Agricultura destacou ainda a necessidade de reconhecer o agro como ferramenta de enfrentamento às mudanças climáticas, especialmente na captura de carbono. “O Brasil é dono do campinho e da bola, do palco e do microfone, não usa porque não quer", acrescentou. Todos querem ouvir o Brasil e respeitam o que o País quer dizer. É preciso saber o que dizer e ocupar esse espaço.
No que diz respeito a mudar a visão do agro brasileiro, o embaixador e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, destacou que a indústria energética é mais responsável pelas mudanças climáticas do que o agronegócio, devido à emissão de combustíveis fósseis. É preciso desvincular o agro sofisticadíssimo dos abusos que há em certas regiões, que é uma percentagem muito menor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.