ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Oct/2023

BNDES e ONU: segurança alimentar no Nordeste

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta terça-feira (24/10), que destinará, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), R$ 1,8 bilhão para projetos que tenham como foco a segurança alimentar e a resiliência climática em áreas de semiárido dos nove Estados da Região Nordeste. Parte dos recursos anunciados será reembolsável, ou seja, será destinada a financiamento de iniciativas, enquanto outra fatia será não reembolsável, configurando doações. Segundo o banco de fomento, a previsão é que 439 mil famílias sejam beneficiadas por projetos de segurança alimentar e combate aos efeitos da seca. Serão beneficiadas cerca de 1,8 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O anúncio foi celebrado em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Estiveram presentes ainda os nove governadores integrantes do Consórcio Nordeste, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o diretor do FIDA no Brasil, Claus Reiner. BNDES e FIDA anunciaram o resultado do edital lançado em julho para a iniciativa Sertão Vivo, que apoiará com R$ 1 bilhão projetos de resiliência climática em áreas rurais de clima semiárido de estados da Região Nordeste.

Os recursos são do BNDES e, numa iniciativa pioneira para um banco de desenvolvimento, de captação realizada junto ao FIDA, cujos recursos provêm do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia, a custos incentivados, a implantação das metas do Acordo de Paris. Além de conservar a biodiversidade, o edital visa fortalecer práticas agrícolas sustentáveis e o acesso a recursos hídricos que garantam produção de comida em quantidade e qualidade adequadas para famílias residentes em territórios com incidência de pobreza rural, vulnerabilidade climática e exposição histórica à seca e insegurança alimentar e nutricional. O BNDES comunicou também um aporte adicional de R$ 760 milhões com recursos próprios para viabilizar o apoio aos nove Estados nordestinos, sendo aproximadamente R$ 130 milhões não reembolsáveis, provenientes do Fundo Socioambiental do banco.

A parte dos recursos a ser financiada, que será contratada pelos governos dos Estados, não ocasiona ônus financeiro aos beneficiados, que irão receber o apoio integralmente na forma não reembolsável. A iniciativa prevê o financiamento de práticas agrícolas sustentáveis, por meio da elaboração de planos de manejo, da implantação de quintais produtivos e do tratamento biológico do esgoto, contribuindo também para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O Sertão Vivo insere-se em um esforço mais amplo do governo brasileiro e do BNDES, de captar recursos internos e externos para financiar a agenda socioambiental, priorizando iniciativas que aliem a redução das emissões dos gases de efeito estufa e a conservação ambiental com a inclusão socioprodutiva. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.