25/Oct/2023
Segundo o embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil precisa adotar uma posição proativa diante do ambiente de extrema incerteza trazido pelo novo paradigma internacional. A preocupação mundial com as mudanças climáticas "veio para ficar" e o Brasil precisa se posicionar com iniciativas próprias, para não ter desvantagens no comércio internacional. O Brasil precisa deixar a defensiva e abraçar a agenda, estabelecer metas. O País precisa mudar a postura com relação à sustentabilidade, clima, etc.
Segundo ele, o mundo vive um momento de extrema incerteza, com a falta de marcos regulatórios internacionais sobre políticas sustentáveis. O que se vê hoje é uma primeira fase; os países estão tomando decisões internas e com isso pode haver arbitrariedade e falta de rigidez na análise científica para tomar essas decisões. Essas decisões, sejam de incentivo aos que adotam práticas sustentáveis ou de punição aos que não as adotam, causam distorções de competitividade do produto nacional em relação ao estrangeiro, o que pode levar a desentendimentos entre países e, em uma segunda fase, à formação de blocos internacionais de diálogo.
Assim, o Brasil não pode ficar de fora desse movimento e que o agronegócio precisa estar incluído nas discussões. O Brasil tem que se transformar em um polo irradiador de técnicas e tecnologias que atuam nessas áreas de oportunidade em grande escala. Poucos países têm capacidade de fazer testes em nível continental e o Brasil é um deles, com isso abre o cenário para o País entrar nessa discussão de uma maneira que torna a presença nessas discussões internacionais indispensável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.