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24/Oct/2023

AM: seca no Rio Solimões interfere na navegação

A estiagem severa no estado do Amazonas tem alterado a paisagem do Rio Solimões, que, em condições normais tem 1,6 mil Km de extensão navegável entre Tabatinga, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, e a capital, Manaus. O cenário, assim como em outros pontos da região, é de falta de água potável, dificuldade para acesso a alimentos e inviabilização do transporte fluvial. Os pescadores estão preocupados. Entre os dias 16 e 17 de outubro, o Rio Solimões até chegou a registrar 11 cm de subida, resultado da melhora nos níveis dos rios peruanos Marañon e Ucayali.

Em território peruano fica a nascente do rio que chega ao País por Tabatinga, onde a medida ainda é de -75 cm, segundo o último relatório do Serviço Geográfico Brasileiro (CPRM), a segunda maior seca da história, ficando atrás apenas da de 2010, quando a marca foi de -86 cm. A preocupação é de que a seca feche de vez os canais de acesso a mais comunidades e falte comida. Embora ações municipais levem água potável a locais isolados, o esforço não está sendo suficiente. São mais de 50 comunidades. Para pegar água são pelo menos duas horas.

Para sobreviver, ribeirinhos fazem um processo rudimentar. Após andar longos percursos, recolhem a água, peneiram, colocam em compartimentos para separar os sedimentos e então misturam ao hipoclorito para matar bactérias. Mas nem todos contam com o composto químico e podem contrair doenças. A principal característica do Rio Solimões é o arrasto de sedimentos, responsáveis por suas águas barrentas. Na seca, bancos de areia são formados e chegam a impedir o fluxo de embarcações.

Em 27 de setembro, o Departamento Nacional de Trânsito (DNIT) decretou emergência no trecho entre Benjamin Constant e Tabatinga. No dia 17 de outubro, mais um trecho foi incluído no decreto: a hidrovia do Paraná do Abacate, entre Codajás e Coari. Como medida emergencial, o governo federal anunciou a liberação de R$ 40 milhões para a dragagem no trecho do Rio Solimões entre Tabatinga e Benjamin Constant. As operações começaram no dia 17 de outubro, segundo o DNIT, e devem ser concluídas no período de 45 a 60 dias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.