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16/Oct/2023

Agronegócio busca alternativas ao crédito público

Apesar do aumento de 27% no total dos recursos oferecidos pelo governo federal para o Plano Safra 2023/2024, totalizando R$ 364,2 bilhões, a demanda atual por crédito do setor do agronegócio, segundo estimativas do setor, é quase 120% maior. A procura obriga principalmente os pequenos e médios produtores a buscarem alternativas. Nesse contexto, surgem modelos que oferecem pacotes completos de soluções financeiras para os agricultores. Segundo a Corteva, como o governo supre 45% das necessidades de crédito, os produtores, que antes precisavam usar 20% das reservas em fluxos de caixa, passaram a utilizar 70%. Isso compacta a rentabilidade do negócio. Os produtores não querem mais insumos apenas, mas soluções financeiras completas.

Por isso, a indústria está buscando maior sofisticação por meio das fintechs. A indústria em geral financia de forma direta por volta de 30% das necessidades do mercado. Um dos meios mais utilizados, nesse caso, é o pagamento antecipado pela produção de grãos, que serão entregues no pós-colheita, transação que não envolve dinheiro. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo (Aprosoja-SP), no período 2022/2023, a soma do uso de recursos próprios dos produtores com outras fontes do setor industrial chega a 81%. O restante, 19%, foi obtido por meio de instituições financeiras, com recursos privados ou públicos. Em termos gerais, existe um esgotamento do modelo atual de crédito rural via Plano Safra. Processo agravado pela crise orçamentária e pela taxa de juros em alta. O alto custo administrativo e tributário para os bancos é o responsável pela ineficiência do sistema.

A Aprosoja tem propostas para aumentar a irrigação de recursos para o agro nacional. Ela passa pela redução dos juros, do custo dos bancos e do fortalecimento de bancos cooperativos. Segundo o Banco do Brasil, diante desses desafios sistêmicos é que as instituições financeiras precisam atuar. Um dos objetivos deve ser o de trazer os produtores para métodos melhores, como a agricultura de baixo carbono. Construir adaptações às mudanças climáticas. É levar o agro para além do crédito. Esse raciocínio está em sintonia com as estratégias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A sustentabilidade, transição nutricional, energia, inclusão socioprodutiva rural e digitalização no campo são temas que fazem parte das prioridades da Embrapa atualmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.