11/Oct/2023
O Bradesco acredita que os bancos continuarão crescendo da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Os bancos já fizeram ajustes nas suas carteiras e não deixarão de emitir LCAs. Entre julho de 2022 e julho de 2023, o estoque de LCAs no Brasil aumentou 49%, somando R$ 423 bilhões no mês. Os bancos não têm mais receio do agronegócio, sabem da relevância do setor para a economia brasileira. Banco não faz taxa de juros, só coloca spread. O spread para o agro já é "melhor" do que entre outros setores, mas ainda há espaço para melhorar.
Na safra 2023/2024, o governo definiu que, do valor captado em LCAs por instituições financeiras junto a investidores, 50% devem ir para o setor rural, ante 35% até então. Dentro dos 50%, a parcela que precisará ser emprestada por meio de Cédulas de Produto Rural (CPR) caiu de 70% para 50%, enquanto a fatia a ser concedida por linhas de recursos livres que seguem o Manual de Crédito Rural (MCR) saiu de 30% para 50%. Esta medida, na época do lançamento do Plano Safra, foi criticada por instituições financeiras, pois obriga o agente financeiro a emprestar mais "recursos livres" por linhas enquadradas no MCR, para gerar lastro para a LCA.
Muitas instituições priorizavam as CPRs, consideradas menos burocráticas, e disseram que as linhas de crédito livre do MCR têm maior custo, já que pelo MCR é preciso fornecer um número maior de informações dos produtores ao Banco Central. Segundo o Bradesco, o estoque de crédito rural no País no fim de 2022 somava R$ 843 bilhões. Desse montante, R$ 294 bilhões eram de CPRs e Certificados de Crédito do Agronegócio (CDCA) e o restante, R$ 549 bilhões, de recursos provenientes de depósitos à vista e de poupança rural que são destinados ao setor rural. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.