10/Oct/2023
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, previu que a mudança climática começa a afetar o equilíbrio econômico dos países e que o Peru deve ser um dos que mais sofrerão com o El Niño devido ao aquecimento de suas águas e da dependência da indústria da pesca. Com isso, o país deve passar problemas em seu balanço de pagamentos. Em 2024, se completam 80 anos do acordo de Bretton Woods, que se propunha a criar uma arquitetura financeira internacional.
O acordo visava a resolver a questão do balanço de pagamentos dos países e a relação econômica e de comércio entre as nações. Talvez seja o caso de revisitar essa agenda à luz da questão ecológica e climática. A Argentina também foi mencionada. Ainda que o país venha acumulando há anos uma série de problemas, não tem como destacar que, no ano passado, a seca na Argentina, a mesma que também atingiu o Rio Grande do Sul, provocou uma perda de 40% no valor de suas exportações. Estão claros os efeitos que as mudanças climáticas começam a ter sobre o equilíbrio econômico de alguns países.
Em agosto, já havia preocupação no mercado financeiro sobre os impactos do El Niño, em especial sobre a agricultura. Mas, houve uma mudança na avaliação desses agentes, pela interpretação de que, para o Brasil, pudesse ser um diferencial, já que passaria a chover mais no País e os produtores competitivos de outros países teriam impactos mais exacerbados do que os locais. Mais ou menos o que aconteceu este ano: o Brasil se beneficiou com o aumento de safra e de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.