10/Oct/2023
Na disputa para tirar a China do seu posto de "chão de fábrica do mundo", países como México, Índia e Vietnã enfrentam um rival formidável: o vasto interior chinês. A fabricação de baixo custo está se expandindo para longe da agitada costa da China, à medida que as empresas buscam terras e mão de obra mais baratas nas províncias centrais e ocidentais. A migração se acelerou nos últimos anos à medida que as tarifas dos Estados Unidos aumentam os custos das fábricas e as megacidades costeiras da China se concentram em produtos eletrônicos de alta tecnologia, veículos elétricos e outros setores avançados.
O resultado foi um boom de exportação para as províncias do interior da China, que supera a aceleração das vendas para o exterior pelos possíveis países rivais. Desde o início de 2018, as exportações de 15 das províncias centrais e ocidentais da China aumentaram 94%, enquanto a produção das fábricas se expandiu para além dos rios Pérola e Yangtze, que são os motores da economia industrial da China. Nos 12 meses até agosto deste ano, essas províncias exportaram um total de US$ 630 bilhões, mais do que os US$ 425 bilhões da Índia, os US$ 590 bilhões do México e os US$ 346 bilhões do Vietnã no mesmo período, de acordo com os números oficiais compilados pelo provedor de dados CEIC.
À medida que o interior da China se desenvolve, ajuda o país a aprofundar seu domínio em áreas de manufatura global, mesmo quando as nações ocidentais estão em alerta sobre a posição da China como fornecedora para setores essenciais, como semicondutores e energia renovável. Segundo a Universidade de Harvard, a China será um dos principais atores da manufatura global em um futuro próximo. O país simplesmente tem capacidade demais para que o mundo não precise contar com ela por um bom tempo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.