06/Oct/2023

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil registra este ano um superávit recorde na balança comercial, mas há desafios no sentido de ampliar e diversificar as vendas de produtos manufaturados. O esforço pela aprovação da reforma tributária, o arcabouço fiscal e o início de queda na taxa básica de juros ajudarão a aumentar a competitividade do Brasil no comércio exterior. A reforma tributária é fundamental para que o País seja mais competitivo em produtos de maior valor agregado. A reforma tributária, ao equacionar o problema da competitividade, ajudará nas exportações e ajudará a produção industrial no Brasil. Além da reforma tributária, o esforço pelo arcabouço fiscal e outras medidas que levam à redução na taxa de juros, com início do ciclo de afrouxamento monetário já em curso, também contribuem para aumentar a competitividade do Brasil.

De fato, este é um ano muito positivo para o comércio exterior, mas isso não significa que não há desafios. O principal desafio é ampliar a base exportadora do Brasil, fazendo com que mais empresas que sejam de menor porte possam se beneficiar das oportunidades associadas ao mercado externo. O desempenho do agronegócio nos últimos anos é muito positivo, mas há um problema de falta de dinamismo das exportações de produtos manufaturados. Ampliar a base exportadora, também se trata de diversificar as exportações. E um outro desafio é agregar valor às vendas externas. As empresas exportadoras empregam 15% do contingente de trabalhadores atuando no mercado de trabalho formal. A questão é que são poucas as empresas exportadoras e elas são muito concentradas geograficamente. O MDIC estaria motivado em interiorizar a participação de empresas no comércio exportador, levando oportunidades de negócios externos a mais regiões do País.

Para alguns setores, é fundamental que o olhar para a política industrial esteja associado com política de comércio exterior. Ou o investimento no Brasil tem um olhar para outros mercados também, ou o investimento no Brasil não ocorrerá. A equipe do MDIC esteve reunida nesta semana com representantes de outros países do Mercosul e da União Europeia. Foram discutidos pontos de uma contraproposta apresentada pelo Mercosul ao bloco europeu. Foi uma discussão estruturada a partir de um documento objetivamente apresentado pelo Mercosul. O avanço foi significativo. Claro que há muito trabalho ainda pela frente, mas a partir de agora já há reações preliminares dos europeus em relação à contraproposta. A negociação trata de detalhes específicos propostos em março pela União Europeia, no que os países do Mercosul apreciaram e enviaram uma contraproposta, e os esforços são no sentido de concluir essa etapa ainda em 2023. Não é trivial, mas é possível. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.