05/Oct/2023
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) projeta que o crescimento mundial deverá diminuir de 3% em 2022 para 2,4% em 2023, se encontrando com a definição de uma recessão global. Olhando para os Estados Unidos, o crescimento projetado é de 2,0%, uma revisão de 1,1% para cima em relação ao relatório anterior. Para 2024, o avanço da atividade econômica deverá ser de 1,9%. Um ‘pouso suave’ na economia norte-americana ainda parece possível, o que indicaria que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está perto de alcançar seu nível mais baixo, junto com uma desaceleração da inflação e aumento do desemprego.
O avanço econômico da zona do euro para 2023, entretanto, deverá ser de 0,4%, ante 0,7% projetado na última publicação, com forte aumento da energia, persistente inflação dos preços dos alimentos e exercendo pressão sobre o consumo. Entretanto, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar as taxas de juro até o fim de setembro lançou uma sombra sobre as perspectivas para o quarto trimestre, aumentando o risco de levar a zona euro a uma recessão. Para 2024, a economia deve crescer 1,2%. A projeção para o avanço econômico do Japão aumentou de 1,6% para 2,3% em 2023, mas com previsão de desaceleração para avanço de 0,9% em 2024.
Em 2023, a procura externa continuou forte, enquanto a inflação moderada e um acordo nacional sobre o crescimento salarial revigoraram a procura dos consumidores. Por outro lado, a orientação contracionista da política orçamental japonesa continuou. O crescimento da China deverá ser de 4,6%, uma redução de 0,2% em relação à última projeção. O avanço do país em 2024 deverá ser de 4,8%. A relativa fraqueza do setor privado em gerar crescimento aponta para o desafio atual de estabelecer um mercado interno mais profundo, o que deixou a China mais dependente hoje da expansão fiscal do que era há uma década. A fraqueza da procura do setor privado na China é uma fonte de incerteza para as perspectivas econômicas globais.
Também entre emergentes, a Argentina deverá encolher 2,4% em 2023, uma projeção 1,9% maior que a previsão anterior. Para 2024, a previsão é de queda de 0,6%. A Argentina está passando por uma recessão e uma inflação acelerada. A política fiscal tornou-se contracionista porque a inflação elevada corrói os gastos reais mais rapidamente do que corrói as receitas fiscais, mas o aperto fiscal induzido não foi suficiente para controlar a inflação. O México deverá crescer 3,2% em 2023, seguido de um avanço de 2,1% em 2024. A alta econômica da América Latina deve ser de 2,3% em 2023 e de 1,8% em 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.